Reencarnação - Alfredo Nora
Reencarnação é façanha
Em que a vida se acabrunha.
A carne nos pega à unha,
Na treva em que se emaranha.
E surge esta coisa estranha:
Cada qual é testemunha
Do passado que se empenha
Do presente que se apanha.
Feliz de quem se componha
Na estrada clara e risonha
Do bem que a salvar se empenha.
Alma que ao corpo se aninha
Serve, segue e vai na linha
Ou recua e leva lenha.
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ALFREDO José dos Santos Nora, nasceu em 18 de Novembro de 1881, no município de Piraí, Estado do Rio, e desencarnou em 13 de Novembro de 1948. Depois de estudar engenharia até ao 4.° ano do curso, tornou-se funcionário da Central do Brasil, aposentando-se como Agente de 1ª classe. Poeta e jornalista, colaborou em várias revistas e jornais.
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