Pílulas gramaticais (Dezembro de 2023)

Como já dissemos em outra oportunidade, a pontuação é, muitas vezes, indispensável para a compreensão do que o autor de um texto quer realmente dizer.

Eis três exemplos:

1.  Os alunos desistiram, logo o curso foi um fracasso.

(Os alunos desistiram logo, o curso foi um fracasso.)

2.  Maria não subiu a bordo, adoeceu e mandou seu filho.

(Maria não subiu, a bordo adoeceu e mandou seu filho.)

3.  O soldado voltou-se como um tigre, ferido pelas costas.

(O soldado voltou-se, como um tigre ferido pelas costas.)

Nos três exemplos, a mudança na colocação da vírgula alterou por completo o sentido dos textos. A chamada análise sintática, que muitos alunos tanto deploram nas aulas de língua portuguesa, evidencia com clareza o que tal mudança acarretou.

No exemplo 2, o autor da frase inicial quis dizer que “Maria não subiu a bordo”, e não que “a bordo adoeceu”.

No exemplo 3, a frase “ferido pelas costas” do primeiro texto refere-se ao soldado, e não ao tigre.

As pessoas que escrevem deveriam sempre reler, se possível mais de uma vez, os textos que produzem, para que distorções como as apresentadas não se verifiquem.

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Manoel Philomeno de Miranda costuma usar em suas obras palavras que habitualmente não utilizamos. Plectro é uma delas.

Que significa plectro?

Trata-se de um substantivo que nos veio do grego plêktron, 'coisa com que se bate'.

Significa: varinha de madeira, ouro ou marfim, para fazer vibrar as cordas da lira; espécie de unha de marfim, de tartaruga, de osso, de prata ou, modernamente, de plástico, com que se vibram as cordas de certos instrumentos (bandolim, cavaquinho, guitarra, banjo etc.); palheta; pedacinho da parte dura, das penas de ganso ou de corvo, ou de couro ou plástico, montado em pequenos dispositivos chamados saltadores, utilizado para fazer vibrar as cordas do cravo; e, figuradamente, inspiração poética; poesia.



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