Fim de ano

Antes fim de ano do que fim dos tempos.

Como nos dizem muitos, estamos no final dos tempos. Há que se pensar! Quando imaginávamos o planeta subindo na hierarquia dos mundos, com o amor aumentando na Terra, eis que as preocupações ressurgem intensas quando ouvimos falar de guerras e rumores de guerras. Não só ouvimos falar, como estamos presenciando. Em pleno século XXI, quando a humanidade deveria estender a solidariedade para com todos, vemos a infeliz guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Lamentamos pela escolha da belicosidade, quando se poderia ter optado pela paz.

Um líder tivemos na história, o verdadeiro, aquele que ensinou a humanidade a amar. Amor e perdão têm sido a grande necessidade humana em todas as épocas. Sonhamos com o dia em que estaremos dentro desse sentimento de amor pleno a ponto de não mais ser necessário o perdão.

Jesus é a maior liderança da história. Todos os outros foram consumidos e esquecidos pelo tempo. Ele permanece. Mudou a história.

Lembrando esse Mestre inesquecível, no Natal que se aproxima, deixamos aqui, em homenagem singela ao Senhor, uma prece de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier, intitulada Prece do Natal, do livro À Luz da Oração.

Ei-la:

Senhor Jesus! ...

Recordando-te a vinda, quando te exaltaste na manjedoura por luz nas trevas, vimos pedir-te a bênção.

Releva-nos se muitos de nós trazemos saudade e cansaço, assombro e aflição, quando nos envolves em torrentes de alegria.

Sabes, Senhor, que temos escalado culminâncias... Possuímos cultura e riquezas, tesouros e palácios, máquinas que estudam as constelações e engenhos que voam no espaço! Falamos de Ti, que volveste dos continentes celestes, em socorro dos que choram na poeira do mundo, no topo dos altos edifícios em que amontoamos conforto, sem coragem de estender os braços aos companheiros que recolhias no chão...

Destacamos a excelência de teus ensinos, agarrados ao supérfluo, esquecidos de que não guardaste uma pedra em que repousar a cabeça; e ainda agora, quando te comemoramos o natalício, louvamos-te o nome, em torno da mesa farta, trancando inconscientemente as portas do coração aos que se arrastam na rua!

Nunca tivemos, como agora, tanta abastança e tanta penúria, tanta inteligência e tanta discórdia! Tanto contraste doloroso, Mestre, tão só por olvidarmos que ninguém é feliz sem a felicidade dos outros...

Desprezamos a sinceridade e caímos na ilusão, estamos ricos de ciência e pobres de amor. É por isso que, em Te lembrando a humildade, nós te rogamos para que nos perdoes e ames ainda... Se algo podemos suplicar, além disso, desculpa o nada que te ofertamos, em troca do tudo que nos dás e faze-nos mais simples! ...

Enquanto o Natal renova, restaurando-nos a esperança, derrama o bálsamo de tua bondade sobre as nossas preces e deixa, Senhor, que venhamos a ouvir de novo, entre lágrimas de júbilo que nos vertem da alma, a sublime canção com que os céus te glorificam o berço de palha, ao clarão das estrelas:

- Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!

 Paz a todos!



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