Dormir pouco encurta vida e causa doenças - Arnaldo D. R. de Camargo

Por opção e por circunstâncias da vida e do trabalho, milhões de pessoas prejudicam a própria saúde, sem terem consciência disso, por não dormirem o suficiente.

Pesquisas revelam que a maioria das pessoas precisa de sete a oito horas diárias de sono para apresentar bom desempenho durante o dia. Quem não dorme o suficiente pode prejudicar sua própria saúde e até mesmo encurtar seu tempo de vida.

Estudos têm demonstrado que noites maldormidas aumentam o risco de desenvolver doenças como diabetes, causam estresse, cansaço e sonolência durante as atividades de vigília. A Escola Médica de Harvard verificou relações entre os níveis da melatonina, o hormônio do sono, e o risco aumentado de câncer de mama. Um estudo pela Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Ohio, encontrou risco aumentado de pólipos colorretais potencialmente cancerosos em pessoas que dormiam menos de seis horas diárias.

Desde a primeira infância até a velhice, o sono insuficiente pode exercer profundos efeitos negativos sobre a memória, o aprendizado, a criatividade, a produtividade, a estabilidade emocional e a saúde física.

Especialistas dizem que vários sistemas corporais são negativamente afetados pelo sono insuficiente, como os órgãos (coração, por exemplo), além da capacidade de resistir a doenças e do funcionamento cerebral.

Os estudiosos do sono indicam que os níveis do hormônio leptina, que informa ao cérebro que você consumiu alimento suficiente, são mais baixos nas pessoas que não dormiram o suficiente, e os níveis de grelina, que estimula o apetite, são mais altos. Além disso, o metabolismo fica mais lento quando o sono é perturbado. Se esse efeito não for contrabalançado com o aumento do exercício físico ou a redução da ingestão calórica, essa desaceleração metabólica resulta no ganho de quatro quilos em um ano.

O risco de doenças cardiovasculares e de acidente vascular cerebral é maior nas pessoas que dormem menos de seis horas por dia. Basta uma noite insuficiente de sono para elevar a pressão sanguínea dos hipertensos durante todo o dia seguinte. O sono insuficiente também é associado à calcificação de artérias coronárias e à elevação dos níveis de fatores inflamatórios ligados às doenças do coração.

Em crianças que têm o sono insuficiente há diagnósticos equivocados de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Ah! O sono, o sono bem dormido é saudável. Para acontecer isso, temos que nos preparar para a noite de descanso, ter um bom dia de atividade, de bons pensamentos, de confiança e otimismo, e não esquecer da oração e meditação durante o dia e antes do repouso, recomenda a espiritualidade superior.

É necessário cultivar bons hábitos, a prática de exercícios físicos, e nada melhor que a consciência tranquila ao entrar na segunda vida nossa, a vida do espírito, enquanto o corpo descansa; porque acordados vivemos a plena vida material.

Alguns dos efeitos benéficos do sono envolvem processos mentais como o aprendizado, a memória, o julgamento e a resolução de problemas. Durante o sono, novos caminhos de aprendizado e memória são codificados no cérebro. O corpo precisa de sono suficiente para que esses caminhos funcionem em nível ótimo.

Através do sono nos encontramos com amigos e parentes que já fizeram a viagem para o Além, que nos saúdam e se alegram com nossa presença, como sendo uma porta libertadora de muitas realizações para as grandes almas que se encontram presas no corpo físico, tendo esse refrigério espiritual na estação do sono.

Arnaldo Camargo é o editor da EME Editora.



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