Rumando para a paz
Uma nova brisa parece estar soprando levemente na Terra. Emocionados, vimos um cessar fogo entre judeus e palestinos nestes dias que passaram. Queira Deus que seja duradoura essa paz!
Como o homem da atualidade se revela tão belicoso? Parece não ter aprendido com Jesus. Há mais de dois mil anos o amor personificado pisou no planeta para nos ensinar que o Deus de misericórdia é o criador do próprio amor e que nós somos seus filhos.
Compreendemos, no entanto, que o processo evolutivo é gradual e que cada um enceta em si mesmo a batalha para adquirir virtudes e afastar de si defeitos. É uma árdua batalha.
Vagarosamente aprendemos a amar, mas é necessário pacificar o mundo interno para que o exterior se acalme. Como vermos a paz completa na Terra se ainda observamos desavenças intensas dentro dos próprios lares? Como vencer a injúria e a violência senão pelo pleno exercício da fraternidade?
O mundo se armou demais e se arma ainda. Os homens precisam compreender que deveremos rumar para a paz, para o bem de todos, para que a Terra sobreviva.
Estamos nos aproximando de um evento internacional sobre o clima, que ocorrerá no Brasil, desejando que a fraternidade impere, para a possibilidade de vida continuar existindo em nosso mundo físico.
Comenta-se sobre preservação da natureza, plantio de árvores, recuperação das nascentes. Maravilhoso!
Precisamos, no entanto, nos entender como seres, filhos de Deus que somos. O desejo de poder deve ceder espaço para o amor entre os povos. Lamentável vermos a situação entre Rússia-Ucrânia e a proliferação tão intensa de armas dizimadoras! Um país tão lindo como a Ucrânia, devastado! Um país grandioso como a Rússia, devorado por si mesmo, numa ambição desnecessária! Quantos milhares de espíritos já voltaram ao mundo espiritual de modo violento nessa guerra!
Oremos mais intensamente pela paz, não só ali, mas em toda a Terra! Deus há de abençoar os esforços de todos em vibrações de amor por todos nós!
Enquanto houver desavença nos lares, agressão entre cônjuges ou irmãos, há que refletir em como verdadeiramente estamos. Diálogo fraterno não é apenas para as grandes nações. É para as pequenas e simbólicas nações, que estão nos lares, formando as famílias, que se encontram adoentadas, precisando de cura.
Como diz Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, no livro Paz e Renovação, antes da reencarnação a criatura se vê defrontada por obrigações de resgate e reajuste, a fim de granjear recursos indispensáveis à própria quitação diante da lei.
Por essa razão não é difícil amar a humanidade em seu conjunto, mas nunca é fácil harmonizar-se na organização doméstica, onde a vida nos transforma, transitoriamente, em instrumentos particularizados uns dos outros. O lar, diz ele, se erige em escola de emenda, instituto de reabilitação ou pequeno sanatório do sentimento, pois em casa encontramos o lugar certo para o encontro exato com os parceiros difíceis de outros tempos.
Precisamos nos pacificar. Nosso mundo íntimo é nosso templo e nosso lar nos revela.
Velho ditado, a paz do mundo começa em nós. Melhoremos!

Comentário