Regidos pelo amor

Deus, com sua presença onipotente, poderosa, amável, rege todo o Universo. Sua presença de amor a todos envolve. Léon Denis nos colocou simbolicamente como vivendo no corpo de Deus.  A energia divina, mansamente, suavemente, emana para todas as direções, criando, equilibrando, mantendo a vida, imperceptível a nossos sentidos obtusos. Pouco percebemos.

Há uma história de que certa ocasião Chico Xavier pediu a Emmanuel que o levasse em desdobramento fora da Terra, para que ele pudesse observar. Emmanuel o levou. Ele viu ao longe a bela Terra azul e os outros orbes, a imensidão do espaço, a grandeza do amor de Deus. Ficou deslumbrado e, ao mesmo tempo, apavorado. Pediu a Emmanuel que o levasse de volta à segurança de seu pequeno leito na Terra.

Somos um pequeno grão de areia, belíssimo, no cosmos divino. A nossa Terra é para nós o que bem sentiu o Chico, sua segurança, seu lar. Perguntamo-nos por que a ignorância humana teima em deixar o tolo orgulho e a louca vaidade na superfície.

Os tempos estão difíceis. Países irmãos, fraternos, se desentendendo por causa de orgulho e vaidade. A hora é de ensarilharmos as espadas e nos lembrarmos do Evangelho. Infelizmente há aqueles espíritos ainda na infância, que gostam de discórdia, de violência, que fomentam isso para a perpetuação do poder temporal, passageiro. Devem lembrar e aprender que o espírito amadurecido é aquele que tem equilíbrio em todas as circunstâncias e que prega a paz e o bem-estar entre todos, a fraternidade entre irmãos, que somos, e em toda a Terra.

Ainda nos lembramos da grande lição de amor e fraternidade que o Brasil demonstrou ao mundo, por ocasião da calamidade no Rio Grande do Sul, após as violentas e destruidoras enchentes, fato que desabrigou um povo trabalhador, lutador, um povo pacífico e bom, como é o brasileiro. Ainda nos lembramos que, na época, os Estados Unidos nos enviaram um de seus maiores porta-aviões, com toneladas de mantimentos, de agasalhos, de tudo o que precisassem. A solidariedade foi emocionante. De polo a polo, de canto a canto, descia ajuda para os nossos irmãos do sul. Norte e nordeste, centro-oeste, sudeste e sul se entrelaçaram para fraternalmente se ajudarem. Desapareceu o nós contra eles que fomentavam, o rico contra o pobre, que criavam, tudo da mente maquiavélica dos homens, nada do amor do Cristo, que prega união e bondade, irmandade entre os povos.

É mais do que hora que a força do amor renasça, dissipando todo o mal-estar e desavença entre povos fraternos e entre, principalmente, os brasileiros, que não devem mais permitir separatividade, desavença, mas união fraternal, na certeza de que somos a nação que Jesus, o governador espiritual do planeta, nos concedeu para morada temporária e evolução.

O brasileiro deu uma lição de amor ao mundo naqueles dias. O que devemos esperar? Novas calamidades, para que o amor fraternal se sobreponha?

O momento é de nos unirmos no bem, levantarmo-nos como uma nação que somos: generosa, amiga de seu povo e de todos os povos igualmente.

Unidos, sim, venceremos!



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