Rastro de esperança
Já não sem tempo começamos a ouvir um pouco de boas notícias, com relação a essa doença que assola a Terra e tem sido motivo de preocupação de todos nós, a Covid. A vacina tem reduzido o número de casos, a despeito da preocupação com as inúmeras variantes que surgem. As pessoas estão esperançosas e uma brisa de alívio, embora tênue, se faz.
Já fomos alertados por inúmeras mensagens mediúnicas que é necessário melhorar os sentimentos para que tudo possa passar. É do conhecimento de muitos que essa doença veio para combater o egoísmo e acelerar o progresso da humanidade. Estamos, de fato, vendo isso em toda a parte. Têm sido comentados muitas vezes em nossos editoriais esses acontecimentos, pois é indiscutível que há mais de um ano a Terra passa por mudanças enormes, uma delas a solidariedade, que, imperiosa, faz morada no coração daqueles que se sentem envolvidos por ela.
A dor está batendo à porta de milhares e ainda não terminou. É imenso o número de pessoas que conhecem alguém que foi vitimado por essa doença. Uma grande dor e profusão de lágrimas limpam este vale de aflições, que é o mundo.
O evangelho de Jesus está intenso nas mentes e corações de muitos. Relembrado é no Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo VI, o Jugo Leve. Lido e relido, nessas horas de dor: “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”. Do evangelho de Mateus, capítulo XI, versículos 28, 29 e 30.
Essa página nos mantém com esperanças. Parecemos ver Jesus diretamente a nos dizer isso e, então, voltamos a nos reerguer para a longa jornada reencarnatória de aperfeiçoamento de todos nós.
A ciência caminha dando-nos soluções curativas medicamentosas e a oração e a fé sustentam a esperança de que dias melhores virão. A humanidade tem passado por provações repetitivas e sabemos que isso se dará até que nos tenhamos educado, vencendo o egoísmo que nos mantém na barbárie e o orgulho que nos tolda o entendimento.
No caso da Covid, a vacina tem sido uma grande esperança, mas há que ter o entendimento de que os males passam quando o ser humano melhora. A recrudescência do egoísmo há tantos anos, quando muitos se voltaram para os desejos materiais, ignorando a espiritualidade e o amor, subjugados pelos instintos e pelas paixões, criou um campo para as dores vividas no momento. Tudo, no entanto, tem a finalidade maior de aumentar o amor e fazer desaparecer da Terra as chagas que a empalidecem, realçando a beleza dos sentimentos nobres.
A espiritualidade superior nos tem pedido vigilância e oração, constantemente. Temos sido requisitados à visitação mais profunda de nosso próprio eu. Melhoramos aos poucos, mas melhoramos.
Há muito sonhávamos ver a vida voltar ao normal, mas hoje fala-se muito do “novo normal”. Que ele seja de amor e bondade.
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