Precisamos de Deus; precisaria Ele de nós? - José Reis Chaves

Deus, a Primeira Pessoa Trinitária, ao qual se dá também o nome de Pai, é Todo-Poderoso, onipotente, onisciente, onipresente, onividente e outros atributos que o engrandecem até inimagináveis por nós.

E o que mais caracteriza Deus é seu amor para com tudo que Ele criou, principalmente para com os seres humanos e os anjos, que são também espíritos humanos, mas já superevoluídos, embora muitos pensem diferente.  Aliás, o próprio nome anjo quer dizer mensageiro, enviado, “office boy”. Assim, estão erradas as pessoas de nossa cultura ocidental-judaico-cristã que têm os anjos como espíritos especiais, mas de outra categoria não humana. Eles são especiais, exatamente, porque já são de alto nível de evolução. E os demônios são também espíritos da mesma categoria humana, só que são ainda muito atrasados. (Ver “daimones”, no singular: “daimon”, no Novo Testamento em grego da Bíblia)

Os espíritos humanos são anjos, quando são ‘enviados’ (“aggelos” em grego), pelo mundo espiritual, em trabalhos ou missões especiais em nosso mundo e outros. Assim, todo anjo é um espírito, mas nem todo espírito é anjo. E eles aparecem em formas humanas e são também apresentados assim pelos artistas pintores e produtores de estátuas angélicas, justamente porque são espíritos humanos. E eles são dotados de asas nas pinturas e nas estátuas, porque os artistas imaginaram que, se eles vêm dos céus, eles devem vir voando. E, se eles voam, eles têm asas!

São Paulo nos adverte para que não interpretemos a Escritura ao pé da letra, ou seja, sem usar a razão e nossos conhecimentos já adquiridos e que devem, pois, ser passados para outros que ainda não os têm, para que possam chegar também à verdade libertadora.

Deus de fato não precisa de nós. Esse é um princípio racional, pois, como vimos, Ele é Todo-Poderoso. Mas, como toda regra tem exceção, esta não anula essa regra geral. A exceção duma regra geral é como se fosse a variação de uma voltagem de uma corrente elétrica em apenas por um átimo de tempo ou como se fosse por acaso. Mas reafirmamos que toda regra tem exceção.

E o evangelista João define Deus como sendo amor. (1 João 4: 8) Assim, sem dúvida, podemos contar com a misericórdia e o amor infinitos de Deus para conosco, mesmo porque, também,  os nossos pecados não fazem jamais Deus sofrer, pois Ele é como se fosse vacinado contra qualquer tipo de mal. Os pecados são contrários à Lei divina, porque eles fazem as vítimas deles sofrerem e, também, os próprios autores dos pecados, pois não deixaremos de pagar tudo até o último centavo! (Mateus 5: 26)

Finalmente, ainda que por exceção, Deus precisa de nós como objetos de sua misericórdia e de seu amor infinitos. Não é, pois, por acaso que Ele nos criou!



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