Pílulas gramaticais (Janeiro de 2025)

No capítulo dos equívocos comuns que ocorrem no uso do idioma, eis mais cinco exemplos:

1 - O Palmeiras empatou em 2 a 2.

O correto: O Palmeiras empatou por 2 a 2.

Explicação: em frases assim, em caso de vitória, derrota ou empate, usa-se a preposição “por”. Exemplos: O time empatou por 1 a 1. O Vasco ganhou por 2 a 1. O Santos perdeu por 3 a 2.

2 - Ela ficou contente por causa que ninguém se machucou.

O correto: Ela ficou contente porque ninguém se machucou.

Explicação: a locução “por causa que” não existe. Devemos usar em casos assim a conjunção porque.

3 - À medida em que ele falava, tudo se acalmava.

O correto: À medida que ele falava, tudo se acalmava.

Explicação: a locução “à medida em que” constitui um equívoco.

4 - Os torcedores tem razão em protestar.

O correto: Os torcedores têm razão em protestar.

Explicação: o presente do indicativo do verbo “ter” apresenta as seguintes formas: eu tenho, tu tens, ele tem; nós temos, vós tendes, eles têm. Note-se que a forma do plural é graficamente acentuada.

Verifica-se o mesmo com o verbo “vir”: eu venho, tu vens, ele vem; nós vimos, vós vindes, eles vêm.

5 - Ele sentou na mesa para comer.

O correto: Ele sentou-se à mesa para comer.

Explicação: as pessoas educadas não se sentam na mesa para comer, mas à mesa, isto é, próximas dela.
 

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Uma das inovações decorrentes do novo Acordo Ortográfico firmado pelo Brasil diz respeito ao vocábulo “psique”, termo que na mitologia grega era a personificação da alma e, em português, significa alma, espírito, mente, psiquismo.

A citada palavra pode ser grafada de duas maneiras: psique e psiquê.

A primeira, sem acento gráfico nenhum, é paroxítona.

A segunda, como o acento indica, é oxítona.



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