Buscando Jesus

“...Sou o grande médico das almas e venho vos trazer o remédio que deve curá-las; os fracos, os sofredores e os doentes são meus filhos prediletos e venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e sereis aliviados e consolados.”  (O Espírito da Verdade, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.VI.)

Perguntamo-nos quem não sofre neste mundo? Todos sofrem, mas entendemos hoje, graças ao Espiritismo, que a dor é preciosa oportunidade de recuperação e crescimento para o espírito imortal, e não um castigo, como muitos ainda pensam.

O consolador prometido nos traz de volta Jesus, com suas orientações de amor e paz. Vemos que muitos na Terra se aproximam desses ensinos. A caridade campeia e cresce, embora vagarosamente, na certeza de que Jesus a todos ampara. Para ele, somos ainda crianças e débeis, frágeis, enfermos muitos, sobrecarregados quase todos. Precisamos ir ao seu encontro para alijarmos de nossos ombros os fardos, sem deixar de carregá-los, mas que eles não nos pesem.

Jesus é a esperança e a paz, o caminho para a libertação das mazelas milenares e das reencarnações dolorosas.

Precisamos lembrar-nos dele todos os dias, para que ele seja o nosso modelo e guia, conforme dito em O Livro dos Espíritos, na questão 625, quando Allan Kardec perguntou: Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens para lhes servir de guia e de modelo?

A resposta, sucinta e simples dos espíritos superiores: Vede Jesus.

Jesus, o mestre que não deve ficar esquecido. Sua presença de amor envolve o planeta, e o Espiritismo, conduzido a nós pela sua plêiade, mormente o Espírito da Verdade, vem-nos lembrar as suas divinas palavras, seus ensinamentos.

A hora é agora, para o nosso entendimento. A humanidade precisa sair da infância espiritual e amadurecer. Prenúncios de sofrimentos para que isso ocorra, infelizmente, existem. Ainda a maioria amadurece na dor, compreende o amor de Deus e se volta para o Pai em momentos de aflição.

Precisamos redobrar nossas orações e aumentar nossa fé, para que a razão não fique obscurecida nos momentos que pairam sobre a Terra. Há que caminharmos com discernimento e bondade, para vencermos a nós mesmos.

Estávamos relendo um livro belíssimo de Amélia Rodrigues, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, Trigo de Deus. Que linguagem elevada a desse espírito em se reportando ao divino Senhor!

Nesta hora em que somos concitados a muito orar, por todos nós, pelos queridos e pelos desconhecidos, lembramos aqui um trecho desse livro, do capítulo 17, A Oração Dominical:

“Seus discípulos se acercaram dele e um deles, comovido, interessado em compreendê-lo interrogou: - Senhor, por que orais tanto? Sempre, quando terminadas as tarefas, por que buscais o silêncio e penetrais na oração?

Ele respondeu que a alma tem necessidade de oração, mais do que o corpo tem necessidade de pão.

Orar é buscar a Deus, penetrando-lhe nas mercês e haurindo resistência nos Seus recursos divinos. O silêncio propicia a busca; a solidão renova as energias e a comunhão com a Fonte Geradora de Vida faculta o prosseguimento dos compromissos abraçados.

...O intercâmbio de forças com o Pai criador restaura-as na criatura, e eu próprio nele encontro o reforço de sustentação para o messianato de amor em seu nome.”

João então inquiriu: E todos temos necessidade e dever de orar?

O mestre o envolveu com olhar de bondade e elucidou:

“O homem que ora eleva-se no rumo da grande luz e nimba-se de claridade radiosa.

A oração deve ser feita com emoção. É um apelo, um hino de louvor, uma rogativa de auxílio, um cântico de gratidão...”

Após suas orientações os discípulos lhe pediram que os ensinasse a orar. Foi quando ele fez a prece que conhecemos: Pai Nosso que estais nos céus...

Estamos necessitados de fazer de nossas vidas uma oração. O mundo clama. Aflições campeiam, dores, lágrimas, muitas vezes ocultas.

Elevemo-nos em orações. A resposta do Pai virá ao nosso encontro e teremos forças para prosseguirmos. Jesus está conosco e nos assiste.

Temos ouvido a tantas pessoas em dor! Temos aprendido muito com os depoimentos de várias delas!

Por isso insistimos que nos liguemos aos ensinamentos de Jesus e que seja ele o nosso modelo e guia, que oremos sim e muito, principalmente agora, em que as dores estão crescentes, na certeza de que é a misericórdia divina atuando em nosso favor.

Tenhamos fé.  Assentemos nossa casa sobre a rocha e as tempestades não a derrubarão.

O médico das almas está conosco. A esperança deve ser uma força em nossas vidas.

Lembremo-nos diariamente de Jesus e, neste Natal, uma vez mais estejamos com ele a lembrar seus feitos e buscar trazer em nós seus ensinamentos e vivenciá-los.

Paz a todos e feliz Natal!



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