Palavras sadias

Jesus sempre recomendava aos seus seguidores vigilância e oração. Necessidade disso estamos vendo no cotidiano e a espiritualidade superior nos orienta, constantemente, para seguirmos firmes em direção à porta estreita, cuja jornada, como disse Jesus, é longa e difícil.

Nesta hora da Terra em que os meios de comunicação nos interligam, muito mais intenso deve ser esse cuidado.

Cuidar das mensagens que enviamos, vermos seu conteúdo. Se for conteúdo edificante, não há por que não propagar.

Cuidar muito do que emitimos com a palavra, o que falamos, pois principalmente nesta hora em que vemos polarizações, como dizem, na política ou em situações que divergem de nossa opinião, temos que vigiar para não emitirmos algo que não esteja de acordo com os ensinamentos que adquirimos, de amor e bondade, de respeito uns para com os outros.

É repetitivo no meio espírita, entre diferentes centros espíritas, o comunicado de que os seguidores do Cristo, no mundo inteiro, estão sendo atacados por inimigos do cristianismo situados no mundo espiritual. Não se conformam que Jesus esteja acelerando a mudança planetária, desejoso de que a evolução da Terra para melhor se concretize.

Nesse contexto, até mesmo as palavras que saem de nós precisam ser vigiadas. Jesus há 2.000 anos já nos orientava que não é o que entra pela boca do homem que o torna impuro, mas sim o que sai dela, pois aquilo que em palavras sai da boca do homem provém do seu coração, ou seja, do seu pensamento e de suas emoções.

 O apóstolo Paulo já nos advertia dizendo: linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.

Cuidado com o que emitimos. André Luiz, no livro Sinal Verde, psicografado por Chico Xavier, nos orienta que observemos até mesmo como vai indo nossa voz, por ser ela um dos instrumentos mais importantes na vida de cada um e ainda nos diz que a voz de cada pessoa está carregada do magnetismo de seus próprios sentimentos. Por isso, temos de nos educar constantemente, até mesmo na nossa voz. Tudo se aprende e o amor se aprende, na vivência dele próprio.

Numa conversação comum, Joanna de Ângelis, em psicografia de Divaldo Pereira Franco, no livro Episódios Diários, nos orienta que, quando nos vejamos envolvidos pelo clima das conversações nefastas, procuremos mudar de assunto, propondo tema diferente, conciliador, edificante, substituindo a vulgaridade e o pessimismo, que devem ceder espaço ao conhecimento da beleza e da verdade.

Diz ela que as conversas vis envenenam aqueles que as sustentam, enquanto vilipendiam vidas outras que padecem constrições e vivem situações difíceis, buscando superá-las à custa de muito sacrifício.

Completa ela nesse livro que nossa palavra seja de gentileza e de esperança em qualquer situação, e que entreteçamos comentários respeitosos, educando os que nos compartilham as palavras, gerando otimismo e fraternidade a todo momento.

Tarefa difícil, bem o sabemos. Com muita facilidade, dado o nosso grau evolutivo, ainda inicial na escala espírita, temos tendência a compartilhar aquilo que nos desagrada.  A nossa palavra deve ser então trabalhada, para melhorar.

Melhoremos!



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