Mães da Terra

Todos os dias reverenciamos as mães no mundo.

São elas as colaboradoras divinas nos processos de renascimento no planeta, dando oportunidades reencarnatórias para os espíritos terem novo aprendizado nas virtudes. Grande é a sua responsabilidade de auxiliar o espírito que reencarna, para que consiga alcançar o desejado êxito no mundo. Diga-se de passagem, êxito moral.

Como é triste ver as mães chorando pelos seus filhos!

As lágrimas caindo por guerras entre os homens, que deveriam ser fraternos, é uma situação muito dolorosa para uma mãe. Ter educado seu filho para o amor e o respeito, ensinando-lhe as regras de gentileza e bondade e vê-lo ter que portar uma arma para defender a si e a seu país é de lamentar!

Rumores de guerras e guerras, num momento da Terra em que parecia estarmos caminhando para a fraternidade entre os povos, é desapontador. O mundo dos que analisam e pensam no progresso moral que já tivemos em muitos séculos, também repara no atraso moral em que ainda estagiamos, quando o mal parece imperar, a injúria e a violência assomar e sobressair.

Não devemos nos desesperançar. A bondade de Deus por todos vela e o amor há de vencer, pois é de Deus esse desejo. O amor é sua criação.

No mês de maio, quando se lembra mais intensamente das mães, por elas fazemos uma rogativa, através da psicografia de Chico Xavier, pelo espírito de Emmanuel, intitulada Oração na Festa das Mães.

Ei-la:

“Senhor Jesus!

Junto dos irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros que mereceram embora atentos às leis de causa e efeito que a Doutrina Espírita nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as Mães esquecidas, para quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição! ...

Pelas que jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue, para que não morram de frio;

Pelas que estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o sustento que o mundo lhes deve à necessidade;

Pelas que se refugiam nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes dos animais;

Pelas que revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães se afastam com nojo;

Pelas que pintam o rosto, escondendo lágrimas, no impulso infeliz de venderem o próprio corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão medicar os filhos que a enfermidade ameaça com a morte;

Pelas que descobriram calúnia e fel, nas bocas que amamentaram;

Pelas que foram desprezadas nos momentos difíceis;

Pelas que se converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;

Pelas que a viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;

Pelas que enlouqueceram de dor e foram trancadas nos manicômios, e por aquelas outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as quisessem, foram acolhidas como sombras do mundo, nos braços da caridade! ...

São elas, Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam à Terra, os mais altos tributos de sofrimento...Tu, que reconfortaste a samaritana e secaste o pranto da viúva de Naim, que restauraste o equilíbrio de Madalena e levantaste a menina de Jairo, recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher! ...”

Sim, Senhor, a cruz dolorosa ainda é carregada nos ombros daqueles que reencarnam na Terra!

Quantas lágrimas, expressas na prece de Emmanuel, ainda se derramam no mundo!

Enquanto houver uma lágrima de dor não consolada, não percebida, e são milhares os infortúnios ocultos, ainda não teremos o almejado mundo de regeneração!

Verdade é que já melhoramos demais. As pessoas estão mais fraternas, buscando as dores escondidas para auxiliar, mas ainda assim, enquanto uma arma for erguida contra um irmão e as mãos não se erguerem para cumprimentos pacíficos e consolação, ainda careceremos de aprendizados de amor e a dor campeará.

Somente o amor será capaz de levantar os sentimentos e caminharmos para a paz.

Enquanto uma mãe chorar sem assistência para seu filho, ou lamentar-se pela morte violenta sofrida por ele, ou ver seu filho mergulhado em drogas, a felicidade ainda não estará presente, felicidade essa que ainda não foi compreendida, como sendo a alegria da moralidade elevada, do bem que se vive, da bondade que se realiza.

O amor vencerá. A esperança deve continuar. Cada mãe é uma auxiliar divina para que os espíritos amadureçam nas virtudes. Cada mãe merece nossa lembrança e nossas preces.

Para as nossas amadas mães, tão reverenciadas no mês de maio, no mundo, nossa saudação, na certeza de que devem ser lembradas com amor, todos os dias.

Espíritos maravilhosos, que aceitam ser instrumentos de reencarnação para outros!

Às mães da Terra, o nosso carinho, nosso amor! Nossa gratidão!

Um dia a bandeira da paz será a que tremulará na Terra, não mais ódios, não mais vinganças, não mais guerras, mas o amor propalado por Jesus.

“Se me amais, guardai os meus mandamentos”, disse Jesus.

Um dia, quando todos cumprirem esses ensinamentos, as mães sorrirão, não haverá mais perigo para seus filhos, o amor socorrerá sempre, o amor vencerá!

Para as mães destes tempos de dores e lágrimas, muita fé, muita coragem, muita oração, na certeza de que Deus, o Pai misericordioso, está cuidando e que quando seus filhos aprenderem as lições de fraternidade e de amor ao próximo, não mais haverá tanta dor, pois ela será socorrida.



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