Influências Espirituais

...” Mestre, rogo-te que venhas ver o meu filho, porque é meu filho único. Eis que um espírito o toma e subitamente grita, sacode-o com violência e o faz espumar; é com grande dificuldade que o abandona, deixando-o dilacerado. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam...

... Jesus, porém, conjurou severamente o espírito impuro, curou a criança e a devolveu ao pai. E todos se maravilharam com a grandeza de Deus.”
(Marcos, cap.9; v.37 a 43)

 Estamos em momentos difíceis no planeta. Os casos graves de obsessão grassam.

O Brasil tem sido campeão mundial em uso de medicação psiquiátrica controlada.

Quantos casos de comunicações espirituais, através dos homens em obsessões cruéis estamos vendo por toda a parte!

Pedidos de socorro em lugares do Brasil afora, de pessoas que estavam sãs e subitamente foram acometidas de comportamentos os mais bizarros possíveis, contrários àquilo que se conhecia dela. E feita a reunião mediúnica de desobsessão, vêm depois os agradecimentos, pois a pessoa voltou ao normal, após o espírito vingativo ter compreendido a necessidade do perdão e ter se libertado das amarras do ódio.

 Na questão 459, de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec pergunta se os espíritos podem influenciar nossos pensamentos e nossas ações. Os espíritos respondem que a esse respeito sua influência é maior do que credes, pois frequentemente, são eles que vos dirigem.

Na questão 469, pergunta ele por que meios se pode neutralizar a influência dos maus espíritos. Eles respondem que fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos espíritos inferiores e destruís o império que eles querem tomar sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos, sopram a discórdia entre vós e vos excitam todas as más paixões. Desconfiai, sobretudo, daqueles que exaltam vosso orgulho, porque vos tomam por vossa fraqueza. Eis porque Jesus nos faz dizer na oração dominical : Senhor! Não nos deixeis sucumbir à tentação, mas livrai-nos do mal.”

São muitos os casos que vemos, verdadeiros pedidos de socorro aos centros espíritas.

 A medicina, inclusive, vem modificando os pareceres.

Certa ocasião tivemos a oportunidade de conversar com uma senhora que fazia muitos anos, tinha várias convulsões por dia. Tomava vários medicamentos e nada adiantava. Confidenciou-nos, após uma de suas crises, que o seu neurologista estava apenas esperando o resultado de sua tomografia. Todos os seus exames estavam normais. Se a tomografia estivesse também normal, disse-lhe ele, o caso não seria de remédios e de medicina, mas convinha-lhe procurar um bom centro espírita para trabalho de passe e desobsessão.

 Antigamente, nos primórdios do Espiritismo eram comuns relatos de pessoas que chegavam amarradas, com várias cordas, cada uma sendo puxada por um lado, para que a pessoa não alcançasse e usasse de violência. Quando chegava perto do dirigente que tinha grande valor moral, podia ser solta, que nada acontecia e ficava boa.

Era o amor em ação. Capaz de operar maravilhas.

O cepticismo andou tomando conta, nos tempos atuais. Diante dos casos que estão se avolumando é bom lembrar Jesus orientando que para essa casta de espíritos é necessário o amor e a oração.

 A mediunidade está aflorando demais, em todas as idades e é preciso cuidado para que o caso chegue ao socorro do centro espírita.

Há muitos anos, o nosso querido paizinho Hugo de Cambé, por muito tempo diretor do nosso jornal e do Centro Espírita Allan Kardec, assim como do Lar infantil Marília Barbosa, brindava-nos com histórias do passado, que não cansávamos de ouvir.

Uma delas referiu-se a uma jovem obsidiada. Estava presa na cadeia, avançando em cima dos policiais e batendo, agredindo, de tal sorte, que para a proteção dela e deles, a colocaram numa cela. Estava nua, tinha rasgado suas próprias vestes.

 O delegado veio e reportou o caso ao nosso Hugo. Ele contou à nossa mãezinha Dulce, a mãe das crianças do Lar infantil Marília Barbosa.

 Dona Dulce foi lá no quarto, separou umas roupas e pediu-lhe que a levasse até a cadeia.

 Lá chegando, o delegado a levou à cela, aonde a moça estava acuada num canto. A dona Dulce pediu-lhe que abrisse a cela. “É perigoso. Os homens não estavam dando conta dela. Ela pode te ferir.

Ela insistiu que abrisse, que ela iria entrar. O seu Hugo olhou para ele e disse que se a Dulce mandava era para obedecer.

 O delegado abriu a porta e dona Dulce entrou. A moça deu um salto e parou na frente dela. Começou a chorar, sã e a abraçou. Vestiu as roupas levadas pela nossa mãezinha e saiu bem da delegacia.

 Que povo corajoso o daquela época! Sabia do processo obsessivo.

Precisamos relembrar. Eles estão acentuados nessa hora difícil do planeta, principalmente quando a presença de amor de Jesus está alcançando os mais profundos abismos e “soltando” os prisioneiros das trevas, que desvairados, chegam à superfície.

É preciso redobrar a vigilância e a oração e recordar que eles podem nos influenciar muito mais do que supomos. A cada um de acordo com seus pensamentos, suas ações, sua oração.

 Vigiemos, oremos e sobretudo, tenhamos o valor moral necessário para que sejamos obedecidos em caso de necessidade.



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