Imortalidade e liberdade

No mês de novembro comemora-se o “Dia dos Mortos”, também chamado de “Finados”.

Porém a Doutrina Espírita nos ensina que ninguém morre. Que aqueles que deixaram a Terra, e que chamamos de “mortos”, estão mais vivos do que nós.

Você já viu alguém dormindo, não é? O que acontece? A pessoa fica deitada, imóvel, como se estivesse morta.

É que o Espírito que habita aquele corpo não está ali. Quando a pessoa dorme, o Espírito sai e vai para onde quiser. Só no dia seguinte ele volta para o corpo, e então a pessoa acorda e continua a vida normalmente.

A morte é um processo semelhante ao do sono, com a diferença que, na morte, o Espírito não volta mais a habitar aquele corpo de carne. Entendeu?

Nesse caso, quando o corpo material, por qualquer razão, não tem mais condição de manter a vida, seja por motivo de uma enfermidade, por um acidente ou pelo desgaste natural em virtude da idade, o Espírito abandona o corpo físico e volta para a sua verdadeira pátria, que é o Mundo Espiritual.

Como uma roupa velha, ele deixa o corpo todo estragado, até que Deus lhe conceda uma roupa novinha em folha, isto é, um novo corpo, para voltar a habitar a Terra.

Então, você me perguntaria: Se for assim, por que todo mundo chora quando alguém morre?

Por falta de conhecimento sobre o assunto e por egoísmo de nossa parte, que desejamos aquele que amamos aqui, ao nosso lado, mesmo sofrendo!

Por exemplo. Alguém está preso e foi condenado a uma pena de dez anos de reclusão. Esses dez anos vão ser difíceis de passar, pois ninguém gosta de ficar preso, não é?

Quando terminar a pena, após os dez anos, deverá ser posto em liberdade e ele espera com ansiedade esse dia.

O que você pensaria se as pessoas, os outros presos, começassem a chorar pedindo que ele não vá embora, que continue preso?

Diria que eles não têm razão para agir assim e que estão sendo egoístas, não é verdade?

Pois é exatamente isso o que acontece com o Espírito que deixa o corpo material. Aqui, sente-se preso. Ao deixar a Terra, ganha sua liberdade.

Por isso é muito importante não nos desesperarmos quando alguém desencarna. Ele somente mudou de vida, fez uma viagem, para um lugar onde se sentirá muito mais feliz e onde terá condições de aprender mais e progredir.

Também não devemos visitar o túmulo de alguém que morreu, como se ele ali estivesse. O Espírito não está ali e aquele lugar nada significa para ele.

É preferível colocarmos flores no quarto daquele que partiu e fazermos uma prece por ele. Isso, sim, será de utilidade e o deixará contente ao saber que seus entes queridos, familiares e amigos, continuam a amá-lo e desejam sua felicidade.  

Como a lagarta, nós também passaremos por um processo de transformação, que é a morte do corpo físico, e que fará de nós lindas borboletas a voar pelo infinito.  

 Tia Célia



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