Felicidade na Terra
Ser feliz poderia ser uma escolha do indivíduo reencarnado no planeta. Provas, expiações e dores aguardam quem vem para cá. É onde há “prantos e ranger de dentes”. Há felicidade também. Momentos de felicidade.
É notória a história de Jerônimo Mendonça, “O Gigante Deitado”, cujo livro com esse nome conta fatos de sua vida. Tetraplégico, cego, com dores por todo o corpo, escolheu ser feliz. Tornou-se um arauto da esperança no Espiritismo, por muitos anos, até sua morte em 1989. Nas páginas desse livro, há um momento em que está sendo entrevistado em Brasília, quando o jornalista lhe pergunta o que seria a felicidade para ele. Tranquilamente ele responde que a felicidade dependeria do conceito ou expectativa das pessoas. Para uma, felicidade seria encontrar o amor de sua vida. Para outra, seria conseguir sua casa própria, para outro, um carro. Para ele, que estava há cerca de 30 anos sem conseguir se mexer, felicidade seria poder virar de lado...
Na questão 922 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta aos espíritos se há uma medida de felicidade comum a todos os homens, ao que eles respondem que para a vida material é a posse do necessário; para a vida moral é a consciência tranquila e a fé no futuro.
O Brasil, que é chamado no meio espírita de “Coração do mundo e pátria do Evangelho”, com respeito ao conceito de felicidade entre os povos, já que o brasileiro é considerado um povo feliz, está em quadragésimo nono lugar do mundo. Caiu 11 posições neste ano, indo do trigésimo oitavo para o quadragésimo nono lugar do mundo. Despencou no ranking, como dizem.
No dia 20 de março de 2023 foi divulgado pela ONU o Relatório Mundial de Felicidade.
A Finlândia, pelo sexto ano consecutivo está em primeiro lugar no mundo. Em segundo está a Dinamarca, em terceiro a Islândia, em quarto Israel e em quinto a Holanda.
O que afinal torna a Finlândia o país mais feliz do mundo?
Isso inclui uma série de fatores, como menor desigualdade de renda, altos níveis de assistência social, liberdade para tomar decisões e baixos níveis de corrupção. Além disso, prezam a natureza, cuidam muito. As casas estão muito entre árvores e a natureza. As crianças podem brincar sem terem que ser vigiadas, em frente às suas casas. Prezam demais a confiança uns nos outros e a honestidade entre todos.
O sistema de saúde é extremamente eficaz e o transporte público também. O rico não necessita andar de carro, a menos que o queira. A educação escolar é muito valorizada e está entre as melhores do mundo, assim como as artes em geral e a música. Além disso, o índice de pessoas sem teto é muito pequeno.
A liberdade lá é de extrema importância, assim como viver sem medo. Apreciam a simplicidade.
Parece um sonho. Um sonho possível, pois existe. Para tanto é preciso educar. A honestidade faz a diferença.
Poderemos chegar a isso? Sim, se aqui o bem imperar e o egoísmo desaparecer.
A liberdade é fundamental, mas o respeito ao próximo é preponderante.
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