Cuidar com amor

“Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e aprendei de mim, que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve...”   - Jesus (Mateus, 11:28-30)

Jesus é a nossa esperança. Seu amor envolve toda a Terra. Mais que nunca temos visto dores crescentes, batendo às portas de inumeráveis seres reencarnados no planeta.

As dores estão acentuadas e sabemos que elas são caminho de libertação, quando aceitas com amor a Deus e de modo resignado.

Através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis no livro Florações Evangélicas nos esclarece sobre as dificuldades que assolam os seres humanos. Diz-nos ela, em resposta organizada por José Maria M. Souza, no livro Joanna de Ângelis Responde, que quando a chispa do ódio lavrou o incêndio da malquerença, deixaste-te carbonizar pelas chamas do desespero... Quando o chicote da calúnia estrugiu nas tuas intenções nobres, concedeste-te a insensatez do desânimo que se transformou em enfermidade difícil... Quando a nuvem da discórdia sombreou o grupo feliz das tuas amizades, julgaste-te abandonado, destroçando os planos superiores da edificação da alegria, onde armazenavas sonhos para o futuro... Quando o ácido da irritabilidade alheia te foi atirado à face, foste dominado de fúria da reação desvairada, fazendo-te perder abençoada ocasião de ajudar... Tudo porque esqueceste da justa e necessária dose de amor. Uma baga apenas teria sido suficiente. Se amasses, todavia, com legítima qualidade de amor, o ódio cederia lugar à expectativa do bem, a intriga se desagregaria, a calúnia seria dissipada, a discórdia se apaziguaria, o ciúme se teria anulado, a irritabilidade se dulcificaria e a vida, então, adquiriria a sua santificante finalidade.

Joanna, com propriedade, nos mostra o porquê das dificuldades ainda vividas no mundo. A escolha do amor já teria resolvido tudo. Poderíamos estar já bem melhores, nesta escola bendita da Terra!

Quando nos olhamos com olhares verdadeiros e vemos a situação de milhares de encarnados e desencarnados, sofrendo o guante da dor, vemos a necessidade de amor. Os espíritos elevados em nome desse amor estão conosco e nos assistem, quais irmãos amorosos cuidando de todos nós, desejosos de que ascendamos como espíritos imortais que somos! O nosso desejo de que a Terra suba na hierarquia dos mundos, não deve ser uma ilusão. Para que isso aconteça, precisamos nos ver com intensidade maior e melhorarmos nosso mundo interno. Para a paz externa é necessária a paz em nós.

Os que já alcançaram a compreensão de que precisam amar e tentam auxiliarem ações continuadas de fraternidade, espíritos que já passaram pelo arrependimento de seus erros pretéritos, já expiaram com experiências de dor e hoje estão em reparação, por já terem conquistado essa prerrogativa, vivenciam o bem e o amor em toda a parte na Terra e sofrem a incompreensão e a ignorância daqueles que ainda não entenderam essas virtudes. Para esses, já despertados, as palavras de Jesus, que são esperança e alento, dando forças no caminho, para não sucumbirem em meio às amarguras do mundo: Vinde a mim todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei... Conforme é dito em Mateus, capítulo XI do Evangelho de Jesus.

Neste ano que termina, quando passamos momento difíceis, todos nós, quando ouvimos rumores de guerras e ainda vemos tantas desavenças entre os irmãos, no mundo, lembremos de Jesus, o mestre imortal, cujos ensinamentos devem estar conosco, em nosso coração!

Lembrando desse mestre querido, vamos encerrar nossas linhas, com a Prece de Natal, de Carmem Cinira, que se encontra no livro À Luz da Oração, psicografado por Francisco Cândido Xavier:

Senhor, desses caminhos cor-de-neve,

De onde desceste um dia para o mundo,

Numa visão radiosa, linda e breve,

De amor terno e profundo,

Das amplidões augustas dos espaços,

No teu natal de eternos esplendores,

Abriga nos teus braços

A multidão dos seres sofredores!

Que em teu nome

Receba um pão o pobre que tem fome,

Um trapo ao nu, ao aflito uma esperança,

Que em teu natal a Terra se transforme

Num caminho sublime, santo e enorme

De alegria e bonança!

 

Apesar dos exemplos de humildade,

Do teu amor a toda a humanidade,

A Terra é o mundo amargo dos gemidos,

De tortura, de treva e impenitência.

Que a luz do amor de tua providência

 Ampare os seres tristes e abatidos.

 

E em teu natal, reunidos, nós queremos,

Mesmo no mundo dos desencarnados,

Esquecer nossas dores e pecados,

Nos afetos mais doces, mais extremos,

Reviver a efeméride bendita

Da tua aparição na Terra aflita,

Unir a nossa voz à dos pastores,

Da estrela de Belém

Lembrando os milagrosos esplendores,

Pensando em ti, reunindo-nos no bem,

Na mais pura e divina vibração,

Fazendo da humildade

Nosso caminho da felicidade,

Estrada de ouro para a perfeição.

Com esta poesia, desejamos a todos um Natal com Jesus e um ano novo de paz no coração, de lutas para nos tornarmos cada vez mais ligados ao mestre e por fim, um mundo amanhã melhor do que hoje.

Que os benditos cuidados da espiritualidade maior para conosco se reflitam em nós e que possamos cuidar uns dos outros, neste planeta em que estamos renascidos, com muito amor!



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