Busca da paz

”O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, é um marco de conhecimentos para a humanidade. Ali, observa-se uma série de assuntos de interesse geral. Um desses, mormente nesta hora difícil, quando a paz na Terra é tão solicitada e proliferam tantas guerras, chama-nos a atenção.

Na questão 742 do referido livro, Allan Kardec pergunta aos espíritos qual é a causa que leva o homem à guerra e eles respondem que é a predominância da natureza animal sobre a espiritual e a satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos não conhecem senão o direito do mais forte; por isso a guerra é para eles um estado normal. À medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque lhe evita as causas, e, quando necessária, sabe aliá-la à humanidade.

Por essa resposta, vê-se quanto ainda estamos atrasados no planeta, pois, embora não estejamos em guerra mundial, não deixamos de ter guerras inúmeras em muitos lugares. A barbárie prossegue imperando... Que triste constatação!

Na questão seguinte, a 743, Kardec pergunta se a guerra desaparecerá um dia da face da Terra, ao que os espíritos respondem que sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão irmãos.

A esperança é algo inerente a todos nós. Quem passou por situações de guerra sofre muito. Haja vista a quantidade de milhares de refugiados que saem de seus países aflitos, com suas vidas destruídas.

Compreendemos a situação da história dos exilados de um pequeno planeta, cujo nome não foi nomeado, da constelação do Cocheiro, sob a égide da estrela Capela. Povos já pacificados, intelectualizados e espiritualmente desenvolvidos, sendo prejudicados pelos belicosos, que se tornaram uma parcela pequena local, mas que promoviam sofrimentos e prejuízos para a maioria. Esses foram retirados com muito amor, por estarem deslocados espiritualmente do todo. O amor é a finalidade da existência e a grande maioria deles retornou tempos depois ao seu antigo lar.

A nossa Terra ainda está difícil. Violência em toda a parte. Sinal dos tempos, dizem uns. Separação do joio e do trigo, dizem outros.

Aqueles que já despertaram para o amor sentem-se afligidos pela violência que em toda parte ainda vemos. Guerras fratricidas fazem brotar lágrimas amargas e dores dilaceradoras naqueles que passam por isso. Deixar seus lares, suas vidas, seus amores, recomeçar tudo em lugar distante... Verem seus amados morrendo...  Verem seus entes queridos, que ensinaram a amar, terem que empunhar armas... Isso é extremamente doloroso.

Que se pode fazer? Aumentar as orações pela paz, não esmorecer, continuar trabalhando no bem até a vitória total do amor na Terra.

Há, no entanto, uma guerra particular, que cada um pode travar e vencer e tornar o mundo melhor. A batalha silenciosa dentro de si mesmo. Tornar-se uma pessoa melhor. Essa a maior das batalhas, aquela que vem sendo estimulada a ser travada pelos Benfeitores maiores.

Uma árdua caminhada urge ser encetada por todos nós, corajosamente, em busca da paz. Tenhamos coragem de enfrentar a nós mesmos e não aos demais.

Bem-aventurados os pacificadores, afirmou Jesus, porque serão chamados filhos de Deus!



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