A leveza da vida

Olá, galerinha amiga, eu sou Turco.
Essa é minha irmãzinha Lilica.
Essa é minha prima Teca e
Esse, meu primo Telo.

SOMOS O QUARTETO DO BEM!!!!

Eu, Turco, irei contar para vocês algumas de nossas aventuras. Vamos lá!

Estávamos eu, Lilica, Teca e Telo tomando um gostoso e caprichado sorvete na porta de uma sorveteria da cidade. Mamãe Gina também foi e estava escolhendo os sabores do seu sorvete. Conversávamos animados, com sorrisos soltos e jeito tranquilo.

De repente, vimos uma senhorinha de cabelos bem branquinhos, empurrando um carrinho de mão, improvisado, cheio de papelão, garrafas plásticas, latinhas de alumínio e diversas outras coisas, todas recicláveis.

Estava muito calor. O sol ardia na pele, de tão quente. Ao ver aquela cena, paramos de sorrir e nossa leveza se foi. O gostoso sorvete nem estava mais tão gostoso assim.

Isso porque víamos o esforço que aquela senhorinha, magra e franzina, fazia para empurrar o carrinho, cheio de coisas, morro acima. Sentimos pena e corremos para falar para mamãe Gina.

– Mamãe, mamãe. Olha aquela senhorinha, coitadinha... Podemos ajudá-la? – perguntei aflito.

– Calma, crianças, não fiquem assim. Vamos até lá e ver como podemos ajudar.

Mamãe foi em direção àquela senhora e nós, apreensivos e cheios de “dó”, atrás.

– Boa tarde, minha irmã! – falou mamãe, toda atenciosa.

– Boa tarde, minha amiga! Boa tarde, criancinhas!  – respondeu aquela mulher, com tanta satisfação e alegria que não conseguíamos entender.

– Quer uma ajuda? Podemos colocar suas coisas no porta-malas do nosso carro e levá-la ao seu destino – disse mamãe.

– Oh, “fia”! Não se preocupe! Eu agradeço muito a gentileza, mas prefiro ir caminhando. Enquanto ando, vou conversando com Deus, pensando na vida, isso me faz muito bem. Nem sinto o peso do carrinho.

Ficamos surpresos com aquela resposta.

– Como assim? – pensou Telo, só que em voz alta.

Todos riram.

– Senhora, vimos seu esforço. Está muito calor e ficamos com dó – disse Lilica, sempre amorosa.

– Que bênção de crianças! Se apiedar da dor do outro é uma dádiva ainda de poucos, neste mundo.

– Mamãe sempre fala que como somos filhos do mesmo Deus, somos todos irmãos e devemos nos ajudar e cuidar uns dos outros – disse eu.

– E gostaríamos de cuidar da senhora, só agora, só hoje – disse Teca, bem emotiva.

– Então, vamos fazer assim. Já que querem me ajudar, não vou recusar tanto carinho. Em vez de me levarem para casa e eu perder meu momento de reflexão, deem-me um gostoso sorvete, como esse de vocês – disse de maneira amorosa e gentil.

Ficamos animados e fomos todos para o interior da sorveteria. Montamos juntos um gostoso e super sorvete, bem colorido e cheio de amor.

Enquanto ela tomava o sorvete, mamãe conversava com ela. E nós ficamos ali, atentos à conversa.

– Diga-nos, qual seu segredo? Na sua idade, ainda trabalhando numa tarefa que exige força física e mesmo assim mantém esse sorriso no rosto, até recusou carona – disse mamãe toda descontraída.

– Ah, “fia”, aprendi com esses anos de caminhada que a vida tem o peso que damos a ela. Uma vida de reclamação pesa e deixa a gente cansado e sofrido. Agora, uma vida de gratidão é leve e nos sentimos felizes e alegres, mesmo diante das dificuldades do caminho.

– Estou encantada! Quanta sabedoria! Realmente, as dificuldades tendem a pesar quando nos curvamos a elas, mas, se nos mantivermos corajosos e confiantes em nós e na bondade de Deus, passamos os dias difíceis com mais leveza – falou mamãe, concordando com tanta sabedoria.

– Mas, como a senhora pode achar leve esse carrinho cheio de coisas? – perguntei, curioso.

Ela deu uma gostosa risada e respondeu:

– A leveza a que estamos nos referindo não é a das coisas materiais. É do Espírito, da alma. Quando temos o Espírito leve, a vida também fica leve. Entendeu, criança? – perguntou, sorridente, olhando para mim.

– Acho que sim! – respondi, ainda um pouco confuso.

– Então, seu carrinho, mesmo com tantas coisas, é leve? – perguntou Telo, inspecionando o carrinho.

– Não! Meu carrinho é bem pesado. Tentem puxá-lo.

Telo tentou. Eu tentei. Lilica e Teca, juntas, tentaram puxar o carrinho, mas, nossa, muito pesado mesmo...

Nos olhamos e, espantados, falamos, juntos:

– Como a senhora consegue puxar esse carrinho pesado?

Mais uma vez, ela sorriu gostoso.

– Porque meu Espírito é leve, mas eu sou muito forte! Carrego a fé que vou conseguir. Vou pensando na vida e puxando, devagarzinho. Quando vê, já cheguei onde quero e nem senti o seu peso. Pra mim, é um esforço que vale a pena.

Não tínhamos palavras para descrever aquela senhora.

– Bom, a “véia” precisa ir, crianças. Muito obrigada pelo carinho e pelo sorvete, estava uma delícia! Depois desse sorvetão, vou até a China...

Nos despedimos.

Aquela mulher sábia e encantadora já estava indo embora, quando mamãe perguntou:

– Senhora, o seu nome, por favor. Desculpem-nos, ficamos tão encantados com a sua presença e lições que não perguntamos o seu nome.

– Sou uma irmã do caminho, “fia”. Fiquem com Deus – respondeu sorrindo e se foi, devagarzinho e pensativa.

Todos ficamos em silêncio e pensativos, por um momento.

Depois suspiramos agradecidos por aquelas lições e por termos conhecido aquela “irmã do caminho”. Deus a abençoe.

A mensagem de hoje é:

“A vida tem o peso que damos a ela. Uma vida de reclamação pesa e deixa a gente cansado e sofrido. Agora, uma vida de gratidão é leve e nos sentimos felizes e alegres, mesmo diante das dificuldades do caminho...” (Irmã do Caminho)

Bom, por hoje é só! Até a próxima, amiguinhos!


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