Paz em nós
Dias de dor estamos observando no mundo. O anelo de paz, que há muito tem sido a tônica dos corações bem formados, esbarra em aflições de rumores de guerras ou guerras já instaladas. Perguntamo-nos quando o mundo terá a fraternidade que almejamos.
Não é possível que ainda vejamos em pleno século XXI seres se armando contra seres. Aqueles que deveriam se ver como irmãos, intolerantes uns com os outros. Não é preciso ir muito longe, basta avaliar a situação dentro dos próprios lares.
Necessário indulgência e caridade de uns para com os outros. A paz precisa fazer morada no coração dos homens.
Jesus deixou muito claro: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Não há dúvida nisso, mas por que tamanha dificuldade?
Esbarramo-nos em nosso orgulho e egoísmo primitivos. A educação é a base de tudo e precisamos trazer as crianças para o bem, para Jesus. É preciso compreender que a educação começa nos lares e não é tarefa apenas da religião. Hoje, mais que nunca, é preciso educar os sentimentos, desenvolver a inteligência emocional, que favorece o equilíbrio do ser. Se a família tiver uma religião para nela envolver seus filhos, melhor ainda.
Na questão 742 de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta qual é a causa que leva o homem à guerra e os espíritos respondem que é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e a satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte e para eles a guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque lhe evita as causas, e, quando é necessária, sabe aliá-la à humanidade.
Na questão 743 os espíritos dizem que quando os homens compreenderem a justiça, e praticarem a lei de Deus, todos os povos serão irmãos e as guerras desaparecerão.
Mas, como sabemos, existem ainda guerras demais na Terra. Precisamos, pois, de paz. E é por isso que desejamos a paz, sendo necessária para isso a pacificação íntima e os lares tornarem-se templos de paz, em que imperem o entendimento fraterno, o diálogo e a educação dos sentimentos.
O modelo para todos é e deve ser sempre Jesus, o Mestre imperecível da humanidade inteira. O bem deve ser vivenciado e tudo deve ser feito com amor. Para alcançarmos a paz devemos amar mais, acabar com o nosso egoísmo destruidor.
Do espírito de André Luiz, lembremos a mensagem “Quando”, psicografada por Chico Xavier, constante do livro Paz e Renovação, em que ele diz:
Quando compreendermos que vingança, ódio, desespero, inveja ou ciúme são doenças claramente ajustáveis à patologia da mente, requisitando amor e não, revide...
... Quando nos certificarmos que a fogueira do mal deve ser extinta na fonte permanente do bem...
... Quando abraçarmos a tarefa da paz, buscando apagar o incêndio da irritação ou da cólera com a benção do socorro fraternal e abstendo-nos de usar o querosene da discórdia...
Comenta ele que quando enfim nos ajudarmos na condição de filhos de Deus, o egoísmo desaparecerá e o amor se estabelecerá.
Lutemos para isso em nós.
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