Amor e equilíbrio

O Espiritismo sempre nos proporciona aprendizado para nossos espíritos ainda necessitados de crescimento de virtudes. O amor, sublime sentimento, para nós, seres da Terra ainda em desenvolvimento, nos encanta. O amor realmente contagia, faz bem. A caridade é um meio do amor se manifestar.

Quando houver um maior entendimento de que fazer o bem faz bem, por certo haveremos de ver bem menor quantidade de pessoas no mundo na dependência de medicamentos controlados, pois haverão de se manter equilibradas por suas atitudes, pelo seu comportamento de paz e de amor.

 Na questão 886 de “O Livro dos Espíritos”, uma pergunta de Allan Kardec, muito citada no meio espírita, sobre qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade,conforme a entendia Jesus, foi respondida pelos Espíritos como sendo benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas.

Diz ali que amar o próximo é fazer-lhe todo o bem possível que desejaríamos que nos fosse feito e que tal é o sentido das palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros, como irmãos.

Quando se tem a presença de amor por perto, ele realmente toca os que estão próximos, que aprendem com ele. São exemplos constantes de renúncia e abnegação, com altruísmo total e pleno esquecimento de si mesmo pelo bem de seu semelhante.

Esse é o caminho da paz. Temos observado o número crescente de pessoas aflitas e desconsoladas. Para onde caminha a nossa fé? Há que aumentar nossa fé. Urge trabalharmos intensamente dentro de nós mesmos pelo equilíbrio de nossas emoções, visto que a caridade, aliada à fé, nutre o ser com esperanças para um futuro melhor!

O Espiritismo, que tem a caridade por bandeira, dá-nos a oportunidade de fazermos muito bem. Quantas pessoas podemos consolar com uma palavra de paz e com o conhecimento que permite ao irmão atendido abrigar-se com a renovação de seu mundo íntimo, pacificando o seu coração!

Quantas luzes descem sobre o adepto, com estudo e aprendizado constante! E o que não dizer de reuniões mediúnicas, que provocam oportunidades de crescimento com lições que são ofertadas pelos espíritos, se soubermos aproveitá-las! Podem ser originadas de espíritos felizes ou não.

Há poucos dias pudemos, numa reunião mediúnica, nos emocionarmos com as palavras de um irmão que se comunicou pela psicofonia, para ser socorrido. Chegou em condição de certa impaciência, pois não sabia o motivo de estar ali. Estava calmo e sossegado, quando foi abruptamente retirado do lugar onde se encontrava e atraído para ali. Não estava gostando do que via. Achava que nosso trabalho seria infrutífero, pois estava abismado com a enorme quantidade de espíritos em sofrimento, um mais estropiado ou dilacerado do que o outro. Disse-nos ele, após ser esclarecido quanto à sua situação de desencarnado, que ele foi atendido, mas que ele era apenas um, pois ali havia centenas e que nós encarnados éramos muito poucos para atender aquela quantidade que estava ali, que estava num sofrimento terrível e que não adiantava nada atender a ele e aos outros não.

Como faríamos? Eram inúmeros!

Começou a descrever o cenário que estava vendo, preocupado com a situação. O doutrinador então lhe disse que essa preocupação denotava que ele tinha um bom coração. Ele escarneceu do doutrinador. Bom coração? Repetiu em forma de pergunta. Eu? Não! Você não sabe o que eu fazia quando fui trazido para cá! Posso asseverar que eu não era nada digno!

O doutrinador insistiu que ele se havia preocupado com os sofredores ali. É claro, disse ele! Se vocês vissem com estão, vocês conseguem ver, não é?

O doutrinador disse que ele ajudava bastante descrevendo. E ele reportou o que via. O doutrinador então, ante sua pergunta de como fariam para socorrer a tantos, se os encarnados ali eram poucos, lhe disse que não duvidasse do amor de Jesus. Para que ele visse o grande amor de Jesus, que aliviava os sofrimentos de milhares, quando lhe pediam socorro, que ele prestasse atenção, pois seria pedido a Jesus.

O doutrinador orou, pedindo a Jesus que socorresse a todos aqueles que necessitavam e que os componentes da reunião não conseguiriam acudir.

O espírito tinha se calado durante a prece. Quando essa terminou, ele começou dizendo: Eu não acredito no que estou vendo! Não acredito! Vocês estão vendo? E começou a chorar de emoção, enquanto descrevia. É bonito demais, disse ele. Quando você terminou a prece (dirigindo-se ao doutrinador), o céu se abriu. O teto sumiu e apareceram centenas de espíritos, não como eu, que estou escuro, mas brilhantes, cheios de luz! Descem até os caídos, tocam o chão onde eles se encontram, pegam-nos no colo (aí ele chorava mais). É bonito demais! Eu nunca imaginaria isso! É bonito demais! Estão pegando no colo e subindo com eles, carregando no colo! E chorava...

Quando o doutrinador informou que isso era fruto do amor, ele reiterou que nunca tinha imaginado isso, que não sabia que o amor era assim. Agradeceu muito por ter podido assistir àquele momento. O doutrinador então lhe disse que ele poderia ser um trabalhador de Jesus também, socorrer os que sofrem. Ele, no momento, negou. Ah, não! - disse ele. Aqueles que vieram fazer isso brilhavam e eu, veja como eu sou, estou escuro, você não sabe o que eu fazia. Se soubesse que o amor era bonito assim, não teria feito!

Veja o irmão que vem em sua direção, para o convidar, disse o doutrinador. Ele viu um espírito amigo vindo em sua direção e lhe estendendo a mão. Ele disse que vão me ensinar, que eu vou aprender e que poderei ser um trabalhador de Jesus. Um dia poderei brilhar também.  Eu quero! - disse ele. Eu vou! Obrigado! E partiu.

Casos assim são comuns nas reuniões mediúnicas. O amor verdadeiro contagia. Bendito o Espiritismo que faculta essas oportunidades de aprendizado de amor!

Que possamos aprender. Seguir Jesus e os seus exemplos. Exemplos, como diz o ditado, falam mais que mil palavras.

Que sejamos equilibrados. Que tenhamos amor e bondade. Seguidores de Jesus! Que honra! Que possamos sê-lo. O nosso irmão socorrido sentiu isso e aceitou.



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