A presença do amor

“... Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento, este é o maior e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante e a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”  Jesus (Mateus, cap. XXII, v. 34-40.)

As mães precisam ser lembradas por nós todos os dias. É o amor por excelência, o amor de mãe, que a tudo se sacrifica por amor pelos seus filhos.

Todo o amor é de extrema beleza, de amigos, de pais, de parentes, daqueles que estão agradecidos. Nestas linhas falaremos de um grande amor. O amor dos filhos que amam seus pais.

Pudemos nos emocionar até as lágrimas com o amor de uma filha por sua mãe, que pudemos presenciar. E da mãe por ela. O amor emociona.

A mãe, 93 anos de idade. A filha, 50 anos, corajosa, acabou agora o curso de direito.

A filha chegou, conduzindo a mãe numa cadeira de rodas. Essa, bem magrinha, morava sozinha, queria se manter independente. Essa filha nos contou que é a filha mais nova, de 12 irmãos. Tem irmãos que já têm quase 80 anos de idade. Sempre, desde criança, pensava em poder cuidar de sua mãe um dia, para retribuir o que recebeu dela.

Há muitos anos, já casada, morando na mesma cidade de sua mãe, esta adoeceu. Ela então se mudou para a casa da mãe, para cuidar dela. Cuidou com o maior carinho, na maior felicidade, de poder dar de volta à mãe um pouco do amor que recebeu dela. A mãe sarou, ficou curada. Queria continuar independente e a mandou de volta para sua casa, pois ela não precisava mais de cuidados.

Isso a fez sofrer, pois desejava cuidar de sua mãe para sempre. Venceu sua dor e frustração com a ajuda de psicóloga, que lhe disse que se tranquilizasse. Que se retirasse tranquila, pois quando a mãe necessitasse de cuidados especiais novamente ela retornaria a dela cuidar, no momento certo. Ela visitava a mãe, lhe dava amor e carinho.

Há pouco tempo, aos 93 anos da mãe e 50 dela, a mãe adoeceu. Teve pneumonia. Ficou internada. Está com Doença de Parkinson. Necessitando de ajuda. Retornou para ajudar, agora integralmente. Embora esteja morando com a mãe, vai levá-la para morar em sua casa. Disse-nos que sua mãe precisa ser honrada, por tudo o que ela fez. E beijava sua mãe, que lhe retribuía. “Essa mulher, disse-nos a filha com os olhos marejados de lágrimas, deixou-nos um legado de moralidade. Preciso honrar essa mãe. Tudo o que eu fizer por amor será pouco.” “Os papéis se inverteram, ela é meu bebê e meu marido está comigo ajudando sempre”, acrescentou.  

A filha criou um grupo no WhatsApp com os irmãos e de tudo o que faz ela dá notícias a eles. Não lhes pediu nem vai pedir ajuda financeira. Eles ofereceram, todos agradecidos à mãe, mas ela disse não precisar. Se um dia precisar, sabe que poderá contar com eles. A aposentadoria da mãe e seus rendimentos permitem que ela tenha tudo: as medicações, as fraldas, a alimentação seis vezes por dia.

Foi emocionante conversarmos com essa filha e verificarmos o amor dela, o carinho, abraçando, beijando, querendo agradá-la e servi-la.

Ficamos quase em lágrimas a ouvi-la e ver seu afeto.

Filha agradecida. É isso o que o amor faz. Quando o amor imperar no mundo todos agirão assim, uns com os outros. Não haverá mais filhos abandonados e nem pais relegados a instituições de caridade.

Caridade uns para com os outros e amor puro uns com os outros é o que veremos um dia.

Essa filha agradecida deve ser um espírito muito amigo de sua mãe, cuja missão, como a mais nova dos 12 irmãos, deveria ser cuidar da mãe quando ela estivesse velhinha. E está muito feliz por poder cumprir finalmente sua missão. Cuidar de sua mãe na velhice, quando ela não mais consegue cuidar de si.

O amor é divino e quem ama está feliz. Cuidemos para amar mais.

A geração atual precisa muito ser amada para entender o amor e agir como Jesus nos pediu. Amemos uns aos outros, como ele nos amou e ama.

Gratidão é uma palavra que está sendo muito repetida hoje em dia. Vemos os sentimentos evoluindo em uma grande maioria da Terra. Gratidão e amor foi o que pudemos ver. Da filha para a mãe e da mãe para a filha. Espíritos que se amam e provavelmente de longa data, pois a jovem senhora estava feliz demais por poder cuidar da mãe.

Jesus lembrou-se também de sua mãe, no momento doloroso do Calvário, ao pedir a João que cuidasse dela, porque ele não mais poderia fazê-lo, fisicamente falando. Deixou-a, portanto, assistida.

Amor e gratidão.

Sentimentos dignos de Espíritos que já aprenderam essas virtudes.



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