Tempo de colher maçãs

Não é novidade que a Europa teve um verão “verdadeiro” neste ano de 2018. Anos passados, brincava-se que o verão “caiu na quinta ou sexta-feira”! Podemos dizer que mesmo adentrando o outono europeu o clima tem sido primaveril, outonal e quente.  Uma seca incrível, racionamento de água em alguns países, coisas do gênero!

O que ressaltarei nesta crônica tem a ver com uma outra que escrevi no ano passado.

Fui visitar por 4 dias minha irmã que reside em Estocolmo faz mais de 25 anos. Apenas a duas horas de voo de Londres até o aeroporto de Arlanda, supertranquilo, pela companhia aérea de minha preferência, a BA, britânica, aterrissamos com galhardia, num lindo dia de sol, meados de outubro, em pleno outono.

Sinceramente é de ficar com os olhos maravilhando-se com as paisagens ao longo da estrada, já saindo do aeroporto. Não tem como resistir. O pouco de bateria do celular deu exatamente para fotografar toda a paisagem do trajeto. O colorido do tapete de folhas sob as árvores, e nos caminhos que ladeiam a autoestrada, hipnotizam até os que não têm olhos de ver. Nas cores impressionantes, numa palheta divina, brinca o vento de montar e desmontar figuras no chão. Amo tudo isso, pensei! E sentada ao lado de minha maninha Elsoly Lindqvist, minha anfitriã, conversávamos sob as belezas do Criador. Elsoly estava preparando a palestra que irá fazer em sueco, na última segunda-feira do mês no grupo espírita onde trabalha, e, dizia-me que todo nosso diálogo estava contribuindo para o tema que estava estudando em sueco para trazer ao público: Que é Deus!

Durante o trajeto e mesmo depois, observei sacolas com frutas dentro amarradinhas e penduradas nas cercas das casas nos bairros e, com a curiosidade aguçada num país que não é o meu, perguntei à minha irmã, que me explicou… Disse-me Elsoly que o tempo está tão diferente este ano que até as macieiras se confundem produzindo maçãs em excesso, muito mais do que se pode consumir nas vilas, residências, hortas, pomares etc. Com isso, as pessoas colocam sacos recheados de maçãs para serem coletados por quem desejar, sem custo. Uma produção da natureza, por parte de Deus Criador, que oferece aos seus filhos e filhas a oportunidade de fazer o bem.

Eu disse que essa crônica tem ligação com uma anterior… Pois bem! Nesta oportunidade agora, com  excesso de maçãs, os alces consomem muitas maçãs caídas, fermentadas, que transformam-se em alcoólicos no metabolismo do corpo do big alce, como também nos animais e pássaros menores.

Não é tão comum, mas acontecem acidentes com alces nas rodovias por conta disso. Há descrição de acidentes envolvendo alces desequilibrados e motoristas.

Nossa estada, apesar de poucos dias, foi de uma riqueza e aprendizado enorme, como sempre acontece. A visita ao estudo do grupo “A Caminho da Luz – Spiritistiska Studiegruppen-På Väg till Ljuset”, com minha irmã, trouxe-me a alegria de rever os amigos de longa data, encontrar novos irmãos e irmãs. E fechamos com chave de ouro a nossa estada na Suécia com a promessa de retornarmos para oferecermos um Seminário de Preparação do Trabalhador Espírita sempre tão importante que aconteça, em todas as terras daqui ou de além-mar.

Gratidão a todos!

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Elsa Rossi, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional (CEI) e coordenadora do CEI para a Ásia e Oceania.



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