Professar é fácil; difícil é praticar

“Apoie o que disser nos exemplos que dê.” – O Livro dos Espíritos, q. 904-a.


Disse algures uma Benfeitora Espiritual: “o exemplo deve ser o adubo da palavra”. Já Emmanuel afirma que as palavras convencem, mas os exemplos arrastam. E Jesus sempre exemplificou o que professava, oferecendo-nos, assim, o “modus-vivendi” ideal e coerente para a vida de relação...

Há que se estabelecer diferença entre professar e praticar, pois nem todo aquele que professa, pratica.

A crença em Deus não nos transforma em teólogos, nem somos cristãos porque aprendemos os preceitos do Cristianismo. Só a prática dos ensinos cristãos poderá endossar o nosso potencial religioso, isto é, a verdade de cada um.

Quantos professam uma doutrina, mas não a praticam, levando a vida como se tais ensinamentos fossem meras utopias inaplicáveis ao cotidiano.

As religiões vêm colidindo de frente com os interesses subalternos dos homens no transcurso dos milênios e por isso eles (os homens) as vêm também modificando ao seu bel talante como se as religiões fossem um maleável Proteu.

Muitos que professavam o Cristianismo, eram os mesmos que acendiam as fogueiras inquisitoriais e fomentavam as “guerras santas (!?)”.

Reconhecer publicamente, confessar, adotar, abraçar, enfim, professar uma doutrina é fácil, difícil é praticá-la em “espírito e verdade”.

Somos Espíritas porque temos certeza da existência de Deus; a Imortalidade da Alma, para nós, não padece dúvidas e muito menos não temos razões para não acreditar na pluralidade dos Orbes, na Comunicabilidade dos Espíritos e a Reencarnação é ponto pacífico exaustiva e insofismavelmente reconhecido... Entanto, o que realmente diploma nossa condição de Espíritas-Cristãos, isto é, Verdadeiros Espíritas, é a prática da vera caridade apregoada e exemplificada até à morte por Jesus. Concomitantemente, o progresso incessante nas terrenas provações - que são as abluções necessárias do nosso melhoramento - será grandemente beneficiado pelo Espiritismo, vez que ele existe justamente para que as criaturas possam ascender mais facilmente aos Páramos de Luz localizados no Mundo Maior, real e indestrutível.

Quando a Doutrina Espírita deixar de ser apenas um feixe de enunciados professados, e passar a ser um conjunto de ensinamentos praticados, aí sim, poderemos, de cabeça erguida e sem receio intitular-nos Espíritas-Cristãos ou Espíritas verdadeiros, conforme a classificação do Mestre Lionês.   Dessa forma o discurso terá passado para o curso da vida e não mais apenas professaremos, mas...praticaremos!...



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