Por que os extraterrestres não respondem à Terra - Anselmo Ferreira Vasconcelos

A pluralidade dos mundos habitados é um tema muito caro ao Espiritismo. Basta lembrar que a resposta dada pelas entidades espirituais à questão nº 55 d’O Livro dos Espíritos, de autoria de Allan Kardec, referente à presunção humana de ser a única raça inteligente do universo: “... o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que se têm por espíritos muito fortes e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo”.

Kardec acrescentou o comentário de que “Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no Planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir a suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes”.

Entretanto, tais revelações contrastam veementemente com a percepção de certos setores científicos contemporâneos. Conforme artigo publicado na Folha de S. Paulo, Caderno Ciência, a organização internacional Messaging Extraterrestrial Intelligence (Enviando Mensagens à Inteligência Extraterrestre, METI), com sede em São Francisco, Estados Unidos, dedicada ao envio de mensagens para outros planetas, debateu recentemente a questão da suposta falta de comunicação por parte dos extraterrestres. Para Douglas Vakoch, presidente da instituição, a falta de resposta deve ser debatida, mesmo que "procuremos algo que não sabemos se existe". Para muitos cientistas é surpreendente não termos cruzado com extraterrestres.

Outros, porém, aventam que a explicação seria que os extraterrestres preferem não se comunicar conosco “por medo da desestabilização que poderia causar esse contato”. O físico e cosmólogo Stephen Hawking, por sua vez, cogita que se os extraterrestres nos visitarem um dia, o resultado seria análogo à chegada de Cristóvão Colombo à América, ou seja, “um resultado verdadeiramente pouco positivo para os índios”.

Diante de tais relatos e opiniões, não deixa de ser curioso que a própria ciência negligencie certos aspectos e revelações já trazidas a lume. Afinal de contas, há extensa documentação relativa à presença de visitantes do espaço em nosso planeta. Milhares de pessoas já avistaram objetos voadores não identificados (OVNIs) em todos os quadrantes da Terra, assim como tiveram contatos imediatos de 3º grau ou ainda passaram pela dolorosa experiência de serem abduzidas em diversas épocas. Embora o assunto deixe uma miríade de questões em aberto, o fato central é que não estamos sozinhos no universo. Como parte da comunidade científica despreza esse farto material, então a questão é de preconceito ou viés, que, aliás, nunca ajuda, é pertinente frisar, na construção do conhecimento.

Por ora, pode-se inferir que se não houve um contato mais aberto e transparente, é porque não é chegado o momento ainda. Temos de reconhecer que muitos dos humanos não suportariam tal revelação. Nesse sentido, lembro-me perfeitamente bem de que nos anos 1980 a TV aberta do Brasil exibiu um seriado de ficção científica, cujo tema era a invasão da Terra por alienígenas. Coincidentemente, naquela ocasião tive a oportunidade de assistir a uma bela palestra sobre ufologia. O conhecido ufólogo fez uma explanação pormenorizada sobre vários casos de contato. Terminada a sua brilhante exposição, indaguei-lhe com muita objetividade: - “Por que eles não fazem um contato direto conosco?”

Com muita sabedoria, ele me respondeu: - “Se um OVNI pousasse na Praça da Sé, em São Paulo, centenas de pessoas poderiam atirar-se dos prédios imaginando o fim do mundo”. O palestrante esclareceu-me que eles têm conhecimento das leis universais, e as respeitam – pelo menos os tipos bem intencionados. Cumpre destacar que nem todos os que nos visitam guardam bons propósitos em relação à humanidade terrena. Há evidências concretas de que algumas espécies nos veem simplesmente como cobaias ou seres muito primitivos. Por isso, extraem de nós sangue, esperma, óvulos etc. Todavia, há outros que nos acompanham desde o início e, de certa maneira, zelam por nós. Há igualmente evidência de que há um acordo entre os governos do mundo para acobertamento das operações (especula-se que alguns países tenham um canal aberto com alguns deles, visando interesses comuns).

Exemplos típicos são os casos da queda de um OVNI em Roswell, no Estado do Novo México, nos Estados Unidos, no ano de 1947. No Brasil, em particular, cumpre destacar o rumoroso caso do ET de Varginha, ocorrido em 1996, que é considerado pelos especialistas como um episódio extraordinário nesse campo. Igualmente importante destacar que os ETs deixaram sua marca na história humana. Inúmeras culturas antigas registraram sua presença entre nós por meio de arte rupestre. Além disso, há quem acredite que eles vêm interferindo na trajetória humana, algo que não pode ser descartado.

O excelente livro Guia da Tipologia Extraterrestre, de autoria do ufólogo Thiago Luiz Ticchetti, apresenta um interessante estudo quanto à aparência deles. Nele são detalhadamente descritas quatro classes, a saber: humanoide, animália, robóticos e exóticos. Estas, por sua vez, estão subdivididas em catorze tipos: humano, pequeno grey, pequeno não grey, gigante, não clássico, mamífero peludo, reptiliano, anfíbio, insectoide, aviário, metálico, corpulentos, físico e aparição. O autor teve o cuidado de compilar onde apareceram, bem como fornece datas, locais e demais informações.

Note que esse estudo corrobora as conclusões de Kardec abordadas na obra acima citada. Mais especificamente:

“56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos?

Não; de modo algum se assemelham.

57. Não sendo uma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que os habitam?

Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.”

Na obra A Gênese, o codificador retoma o assunto ao escrever o seguinte: 

“10. Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. [...]. Em outros mundos, as formas se apresentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinito se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres”.

Portanto, se os ETs não respondem, de fato, aos pedidos insistentes de contato, pelo menos numa escala mais ampla, digamos assim, é porque não estamos devidamente prontos ou maduros para tal intercâmbio ainda. Eles devem ter pleno conhecimento dos nossos limites cognitivos e emocionais. A busca pela sabedoria, pelo menos por ora, não domina completamente os nossos corações e mentes. Ademais, eles certamente devem saber do impacto que tal contato poderia gerar nos indivíduos menos espiritualizados.

Por ora, assim especulo, eles vão dando demonstrações inequívocas de que estão por aqui. Nesse sentido, um caso pouco divulgado pela imprensa mundial, mas arrebatador ocorreu em março de 1997, na cidade de Phoenix, nos Estados Unidos. A aparição de um enorme objeto com forma de V, deslocando-se lentamente no ar por várias horas, aparentemente com o firme propósito “de ser visto”, causou grande comoção (imagens e comentários em português podem ser assistidos em: https://www.youtube.com/watch?v=7ktoizvbAo4). A propósito, outro impressionante avistamento ocorrido na mesma cidade em 2015 pode ser assistido em: https://www.youtube.com/watch?v=fD-0xSIewYo.

Portanto, quem tem “olhos de ver” já percebeu os sinais consistentes da sua presença. Em termos espirituais, cumpre lembrar a missão sacrificial, que muitos deles estão fazendo em benefício da nossa humanidade. Refiro-me aqui às revelações fornecidas pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no livro Transição Planetária (psicografia de Divaldo Pereira Franco). Segundo o mentor, centenas de Espíritos ligados ao planeta Alcione - mundo muito mais avançado do que a Terra - estão encarnando em nosso orbe com vistas à implantação definitiva do bem aqui.

Como se vê, não estamos sós e nunca estaremos. Dos dois lados da vida, entidades muito evoluídas amparam a humanidade. Todavia, se não estamos ainda prontos para nem sequer absorver o conteúdo da 3ª revelação, que diz respeito à nossa própria origem, como, então, desvendar outros enigmas?



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