Outono europeu

Estimados amigos e irmãos do jornal O Imortal.  Ontem, caminhamos na relva macia, colorida de mil cores, pelas folhas caídas das árvores, neste período que antecede o inverno europeu. Confesso que é uma das mais lindas estações do ano, na Inglaterra. O outono traz pinceladas não vistas antes, tanto nas árvores, na mudança de cores, quanto na relva, que se transforma num lindo tapete preparado pela Natureza, seguindo as ordens do Criador, a embelezar os olhos dos que apreciam a natureza e têm olhos de ver.

No condado de Surrey, um dos mais belos do Reino Unido, cortando as cidades pequenas, que aqui são denominadas na categoria de “towns”, não me canso de caminhar às margens do rio Tâmisa, ou "Thames River". É muito comum ter extensos gramados públicos, parques, florestas, com indicações seguras para caminhar milhas e milhas. Uma milha corresponde a 1.609 metros (1 km e 600 m).

Aproveitamos sempre a caminhada para orarmos nos bancos de madeira colocados nestes grandes espaços verdes, às margens do grande rio. Quem gosta de residir em barcos, pode navegar por todo o Reino Unido, em canais muito bem preparados para o turismo, ou mesmo para os amantes de morar sobre as águas.

Semana passada, estávamos, Martinha e eu, minha doce filha do coração, que me hospeda, sentadas a beira do rio, vendo os barcos de recreação e de moradias que vão e vêm, e era nosso momento de oração, de gratidão a Deus, por nos oferecer a natureza em qualquer parte do mundo, que seja cuidada, respeitada, onde todos podemos usufruir daquilo que não nos pertence, mas Deus nos permite usufruir da beleza, dos alimentos das árvores, dos cogumelos silvestres, das frutinhas entre espinheiros, enfim, a oração era de agradecimento a Deus e aos Benfeitores que cuidam desse país, e aos nossos amados Benfeitores que nos inspiram a todos.

Oramos tranquilas, sentindo sempre lágrimas a fazerem parte do momento, foi muito lindo. Ao abrirmos os olhos, a poucos metros estavam ao sol, um ratão do banhado, em inglês "water rat", e ao lado um esquilo, que aqui são centenas por todo canto. Eu pensei em tirar uma fotografia, mas o meu movimento poderia espantá-los. Preferimos não nos mexer e apreciar o inusitado. Eles também receberam nossos agradecimentos em oração pela natureza, e quem sabem atraídos por bons fluidos, boas energias da oração, decidiram ali permanecer uns minutos, para nosso deleite.

Eu pensei na hora:  vou escrever aos nossos leitores sobre esse momento e, tenho certeza, vocês devem ter tido essa experiência também; quem sabe um dia escrevam para nós nos contando.

E assim, amigos e amigas queridos e queridas aos nossos corações, vamos prosseguindo, caminhando milhas de luz, seja no Reino Unido ou em terras de além-mar. (Elsa Rossi, de Chertsey, Surrey, UK.)
 

Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, reside na cidade de Curitiba, Paraná.



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