O monte e a fé

Olá, galerinha amiga, eu sou Turco.
Essa é minha irmãzinha Lilica.
Essa é minha prima Teca e
Esse, meu primo Telo.

SOMOS O QUARTETO DO BEM!!!!

Eu, Turco, irei contar para vocês algumas de nossas aventuras. Vamos lá.

Enfim, férias!!!

Estávamos na casinha da roça!

Tudo preparado, lanchinho para o piquenique, uma troca de roupa, caso suemos muito ou venhamos a nos molhar nos riachos do caminho, bota sete léguas, para proteger os pés, calça, casaco para evitar as picadas dos mosquitos, repelente e, claro, garrafinhas com água fresca.

Partiu aventura na mata da roça!

Estávamos eu, Lilica, Teca, Telo, papai Guto, mamãe Gina e os amigos Davizão, Livinha e seus pais, tio Rina e tia Juli. Saímos cedo. O sol mal havia despertado.

Papai Guto disse que seria uma superaventura! Ficamos animados.

Pulamos cercas de madeira, outras de arame farpado, escalamos montes bem difíceis, corremos de cachorros, sinceramente não sabíamos se os cachorros latiam atrás de nós de susto ou se realmente queriam nos abocanhar kkkk, na dúvida, corremos muito.

Atravessamos vários riachos, muitos mesmo! Subíamos, descíamos mata adentro.

- Papai, onde afinal estamos indo? - perguntou Lilica, já desanimada de tanto cansaço.

- Filha, só confia e segue!

Algo me fez refletir! “Só confia e segue”...  até onde ia a nossa confiança no papai?

Todos já estávamos cansados e não chegávamos a lugar algum.

Comecei a desconfiar de papai, a me questionar se ele realmente sabia aonde estava nos levando.

Tive vontade de dizer que não queria ir mais, de tão cansado, e olhem que eu adoro uma aventura!

Nossa!!! Um monte de vaca e bois à frente!

Desesperamos.

- O que fazer, tio Guto?  - perguntou Telo, muito preocupado.

- Teremos que contornar o riacho! Dessa forma, o gado não conseguirá nos alcançar, caso queiram vir até nós.

Iniciamos a travessia. Todos tensos e olhando o tempo todo para o gado.

Tinha uma vaca amarronzada, com chifres bem pontudos, que ciscava o chão o tempo todo, parecia até uma galinha.

Tio Rina disse que, quando fazem assim, é porque querem correr atrás de alguém.

Deus do céu!!!! Onde fomos nos meter!

Não deu outra, a danada da vaca chifruda passou a correr, vindo em nossa direção.

Nós? Senhor! Nunca corremos tanto!

Mas papai Guto tinha toda razão, pois, por mais que a vaca corria, não conseguiu nos alcançar por conta do riacho no caminho.

Superado o desafio das vacas, chegamos num lindo monte. Por conta das chuvas dos últimos dias, o mato estava verdinho! Lindo de se ver, parecia até um tapetão verde.

As árvores balançavam serenas ao contato da brisa gostosa daquela manhã. Neste momento, o Sol já estava bem desperto e alegre, aquecendo-nos o coração.

Momento mágico!

Todos paramos e passamos a admirar aquele lugar de Deus!

Cheguei até papai Guto e lhe pedi desculpas.

- Papai, desculpe-me por duvidar de você! Teve momentos do percurso que eu quis ir embora, desconfiado de que você não sabia aonde estava indo – falei, cabisbaixo.

- Filho, não se puna por duvidar. Duvidamos de Nosso Amado Pai, Deus, o tempo todo. Não confiamos em Seus desígnios e sofremos muito por isso. Mas Ele não se irrita nem se incomoda com nossa desconfiança, apenas deixa que sigamos nosso curso, até que, ao final, venhamos a entender seus propósitos para conosco.

Não estou nem um pouco triste ou chateado por vocês terem duvidado de mim; ao contrário, isso até me motivou a continuar seguindo e a buscar o melhor lugar para trazê-los. Tudo nos serve como experiência. Ah, é importante dizer que em momento algum eu duvidei de que vocês conseguiriam superar todos os percalços do caminho. Parabéns, são todos uns aventureiros natos!

Fiquei olhando papai falando comigo e senti muito orgulho dele! Decidi que nunca mais duvidaria dele.

- Papai, nunca mais eu duvidarei de você!  - disse, todo animado.

Mamãe Gina, ao me escutar, achegou-se de mim e de papai Guto e disse:

- Filho, não diga isso. Outros momentos virão em que você irá vacilar na sua confiança no papai, como nós, constantemente, vacilamos na nossa confiança em Deus. O importante é, após a desconfiança, ver o resultado bom e agradecer pela oportunidade!

Entendi a mensagem de mamãe. Ao olhar todos tão felizes, naquele monte, contemplando a beleza do lugar e curtindo a alegria do momento, percebi que, apesar dos desafios vividos e da descrença que me assolou, tudo valeu muito a pena!

A mensagem de hoje é: Vivemos momentos bem difíceis na nossa vida e muitas vezes  julgamos não merecer (o que não é verdade, já que aprendemos com Jesus e a Doutrina Espírita que pode haver injustiça, mas não há injustiçado) e isso faz com que nossa fé em Deus fique vacilante. Mas, “...no fim, porém, há sempre lucro, porque o Senhor nos permite retirar, de cada situação e de cada problema, os preciosos valores da experiência...” (André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 21, p. 201.)

Bom, por hoje é só. Até a próxima, amiguinhos!

ssista esta animada historinha pelo link https://youtu.be/8YdnL4T9UIw e não se esqueça, compartilhe com seus amiguinhos e amiguinhas!!



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