O amor em nossas vidas - Altamirando Carneiro

Avizinhava-se o momento sublime de ser conhecido Aquele que daria novos contornos à vivência do Ser humano no mundo material. Anunciava João Batista a vinda de Jesus ao nosso meio. Tão importante para a Humanidade quanto a formação da Terra era a presença Daquele que presidiria a sua formação.

 Jesus brindou-nos com a mais célebre e importante frase que se possa conhecer, quando nos disse: "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" (Mateus, 5-43 e 44), colocando assim um ponto final à lei do olho por olho e dente por dente, para nos dizer através de palavras e atos que a vontade de Deus se fundamenta na Lei do Amor, Lei essa que deveremos aprender a incorporar em nossa personalidade e em nossos atos.

Toda a grandeza dessa Lei está contida na Sua orientação, para que amássemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos e, amando o nosso próximo, que tivéssemos um comportamento tal que não viéssemos a ferir a Lei, que também nos apresentou, quando disse a Pedro: "Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão". (Mateus, 25-52)

Há 2 mil anos achou o Divino Amigo que a Humanidade já estava madura para merecer estes ensinamentos, porém, individualmente, ainda podemos perguntar se cada um de nós está realmente preparando o caminho dentro de si, para que o Senhor possa passear.

Vale a pena um repassar de olhos na nossa consciência, para sabermos se ainda ontem mesmo atendemos ao apelo do Mestre para que nos amássemos, ou se na verdade demos passagem à ultrapassada regra humana do olho por olho, dente por dente.

Teremos já coragem para oferecer o outro lado da face, ou ainda partimos para a vingança?

Quanto ainda devemos sofrer para aprender que a vingança apenas nos conduz à dor maior? Quantas vezes será necessário que a lição do perdão seja colocada à nossa frente para aprendermos a perdoar? Quando seremos realmente mansos de tal forma que o que nós irradiamos transforme em paz o que está à nossa volta? Quando será que nos disporemos voluntariamente a ir ao encontro dos mais necessitados com a intenção única e exclusiva de ajudá-los, sem nada querermos em troca?

Cada resposta a cada uma destas perguntas revela-nos o quanto ainda temos do homem velho e o quanto devemos construir em nossa personalidade para deixarmos de reagir com o lado escuro das nossas imperfeições, para reagirmos cada vez mais com o lado luminoso que Jesus nos convida a construir incansavelmente, minuto a minuto, dentro de nós.

Espera-nos o Mestre de braços abertos em Seu Reino de Amor, Perfeição e Felicidade, mas para isso é necessário que nos disponhamos a ouvir e colocar em prática Seus ensinamentos. Só os que amam serão felizes.



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