Natal: a luz que se renova - Luiz Guimarães
Na época natalina o mundo é amparado por uma psicosfera inusitada. A cada ano a humanidade envolve-se num clima de paz e esperança! A vinda de Jesus para conviver com o ser humano com tantas imperfeições demonstrou o grande sacrifício Dele como um Espírito Puro, para uma missão tão grandiosa e esperada. Nada obstante os Seus propósitos sublimes, mercê do seu amor incondicional, sua presença incomodou e causou alvoroço naquele povo ainda desprovido da capacidade de entender a nobreza dos seus ensinamentos.
Esperavam o Messias salvador com a insensatez da prepotência, da beligerância e das armas. Mas o exército de Jesus era provido de humildade e amor, algo surpreendente para um povo acostumado a impiedade e a violência. Esse foi o grande desafio para o Mestre, de cuja sabedoria valeu-se para dar curso à sua vida entre nós. Aquela ambiência vivida no seu nascimento revigora-se a cada ano no coração dos homens, apesar da nossa índole, ainda aguerrida, vinculada ao egoísmo e bens matérias.
O Seu exemplo que recrudescerá através dos tempos será sempre a fortaleza que nos conduzirá à redenção, a fim de adentrarmos no Reino Celestial. Suas virtudes plenas exemplificaram as verdades e razões das nossas existências.
As sementes do amor, fraternidade e caridade constituíram o terreno fértil que Ele plantou para a humanidade estando ao alcance de todos, sem distinção, já que esses valores não podem contemplar a segregação entre os povos. Nasceu na simplicidade e consagrou-se pelo bem que nos trouxe mostrando o Caminho, a Verdade e a Vida. Peregrinou com os pobres consolando com o seu amor os corações carentes e ansiosos pela paz. Exortou-nos para o verdadeiro sentido da vida que transcende ao plano material.
O corpo é o templo do Espírito, porém devemos atentar, também para as virtudes que nos levarão para a pátria espiritual ensejando-nos a felicidade plena. Mercê da sua infinita bondade enviou-nos um novo Consolador, conforme temos em João 14:26: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”.
A Doutrina Espírita como a Terceira Revelação vem consolidar aquela auspiciosa promessa, elucidando as dúvidas e dando-nos a convicção que norteia os rumos de nossas vidas à luz da fé raciocinada. A partir dela superamos o misticismo e transformamos nossa forma de ver os fenômenos naturais. Essa realidade descortina os horizontes nebulosos que ainda envolvem muitos, mas cada um tem seu tempo para o devido entendimento...
Sua missão Divina com os anúncios que nos fez, desdobra-se na luz da esperança de que a vida continua sendo o Espírito imortal e, assim deveremos plantar a cada dia a boa semente que trará os frutos para a vida espiritual que é a essência de todos nós. Cultivando esse plantio o terreno que é a nossa estrada será sempre fértil, para a colheita promissora que nos aguarda ao vivenciarmos a prática do bem. (Os ensinamentos de Jesus são bálsamos que amenizam os nossos fardos no caminho da libertação.)
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