Memórias

Queridos leitores e leitoras. Nosso jornal O Imortal completa neste ano de 2024 setenta e um anos de seu primeiro número dado a público, o que se deu no ano de 1953, no dia 25 de dezembro. Uma contínua luminosidade jorrando de suas páginas, trazendo conhecimento, esclarecimento e conforto a tantos corações.

Nossa primeira crônica, ainda acanhada, aprendendo a escrever para leitores do jornal, se deu no ano de 2006, mês de fevereiro, e já nasceu como crônica de além-mar, pois residindo no Reino Unido, e contribuindo com uma coluna a mim oferecida pelo carinhoso e estimado amigo Hugo Gonçalves, então diretor de O Imortal, por sugestão do irmão e amigo Astolfo Olegário de Oliveira Filho, já de há muitos anos Editor do jornal. Hoje vemos a quantidade de crônicas escritas desde 2006, um total de 215 crônicas até esse momento e fico pasma.

O ditado popular sábio diz que para caminharmos 10 quilômetros é necessário que comecemos pelo primeiro passo.

Assim é nossa transformação de vida. Se almejamos nos libertar de alguma viciação nociva, é necessário que façamos o propósito de investir nessa caminhada de libertação. Difícil é para muitos. 

Há pouco eu conversava com uma pessoa muito querida do meu coração, que tem o vício do cigarro. Vi o desespero nos olhos ao observar que não tinha um cigarro na carteira e queria sair para fumar. Muita chuva, já anoitecendo, num domingo, tudo fechado. A falta do cigarro era tão forte, que não sentia o sabor do lanche da noite.  Despediu-se e saiu para ver onde poderia conseguir comprar cigarro. Cidade pequena, tudo fecha à noitinha, especialmente em finais de semana.

Falei-lhe que aproveitasse para parar de fumar, ficar algumas horas sem essa companhia nociva ao físico e ao espírito. Minha amiga falou-me das tantas vezes que parou e, no desespero da perda de alguém querido, o cigarro foi o consolo. Disse-lhe eu que o consolo maior está em buscarmos conhecer a fundo o que estamos fazendo de nossos dias.  Falei das leituras edificantes, falei para ler o Jornal O Imortal, falei que procurasse escrever poemas, a cantar, a ir comigo à casa espírita, para que a ajuda espiritual a fortaleça a abandonar esse vício que custa caro para o bolso e para a saúde. 

Pois bem, cada espírito imortal faz suas escolhas. É a ação, que certamente, pela lei, terá uma reação. Mesmo que eu tenha que mencionar, lembrar mil vezes sobre determinado assunto, a uma amiga adoentada pelo vício, que ela diz ser prazeroso, que não prejudica a ninguém, eu continuo pedindo que não fume perto de mim, falo que a aspiração da fumaça pode desencadear um processo inflamatório no pulmão, etc., etc.

Assim, eu utilizo meu tempo em prol do bem, e peço a Deus, sempre que eu possa colaborar com bons assuntos nas lives, nos estudos, na família, onde for possível.

Assim, tenho a certeza absoluta, não relativa, mas absoluta de estar melhorando o espírito que habita este corpo nesta encarnação, que foi nomeado como Elsa.

Meu nome, aliás, me foi dado por uma enfermeira alemã, que trabalhava com meu pai quando eu nasci, e que cuidou muito de minha mãe, nos primeiros cuidados com o primeiro filho, no caso eu, primeira filha. Por isso meu nome é com "s", e não com z. Nome muito comum na Suécia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, etc.

Finalizando, desejo aos amigos que leram as reportagens do mês de abril, sobre os 160 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre a obra acabada, seja em terras brasileiras ou em terras de além-mar.
 

Elsa Rossi, depois de viver por 25 anos no Reino Unido, onde presidiu por 12 anos a federativa espírita britânica, reside na cidade de Curitiba, Paraná.



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