João Silveira Rodrigues

No dia 22 de agosto de 1993, o confrade João Silveira Rodrigues desencarnou em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde residiu por 48 anos.

Natural da cidade de Nova Friburgo (RJ), ele nasceu no dia 2 de setembro de 1902. Filho do sr. Alberto Cândido da Silveira Rodrigues e D. Luíza Lameira de Andrade Rodrigues, irmã de um dos mais destacados vultos espíritas brasileiros, Dr. Pedro Lameira de Andrade, passou sua infância e juventude em Niterói, onde fez os seus estudos.

Trabalhou na Prefeitura Municipal, no setor de Imposto Predial. Em 1945, foi comissionado pelo Ministério de Relações Exteriores para ocupar o cargo de Secretário da Comissão Brasil-Bolívia de Petróleo, com sede em Santa Cruz de La Sierra, e ali ficou até sua desencarnação.

Foi casado, em primeiras núpcias, com D. Abigail Marconi Silveira Rodrigues, que desencarnou primeiro, deixando-lhe três filhos: Asdrubal, Dirceu e Paulo. Na Bolívia contraiu segundo matrimônio, com D. Juana Hollwerg da Silveira. Tiveram um casal de filhos: Rosana, e Gerson. Quando desencarnou, além dos filhos, contava nove netos e nove bisnetos.

Nascido em uma família espírita, quando residiu em Niterói, exerceu a mediunidade de cura, como receitista. Em se transferindo para Bolívia, começou, através de contatos pessoais, a difundir o Espiritismo.

Quando visitava o Brasil, levava livros e mensagens avulsas, especialmente de Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, traduzindo-as para o espanhol. Importava sempre livros espíritas e especialmente os livros de Allan Kardec em espanhol para distribuí-los gratuitamente.

Aos poucos, foi conseguindo adeptos, preparando terreno para fundação do primeiro Centro Espírita daquela cidade. Durante quase meio século foi orientador doutrinário de instituições, jamais exercendo cargo de diretoria, deixando-os para os confrades bolivianos.

Respeitado e amado pela população de Santa Cruz de La Sierra, ficou conhecido pelo nome de dom Juan Silveira. Ao sepultamento de seu corpo, compareceu uma verdadeira multidão. Além dos espíritas, estavam presentes representantes de outras religiões, de organizações sociais, numa demonstração de apreço e carinho pelo muito que realizou em favor de todos.



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