Desistir é fracassar - Arnaldo de Camargo

O Espiritismo não é uma doutrina de proselitismo. As pessoas chegam à casa espírita e passam porque não conseguem mudar a si mesmas e querem mudar os outros, as instituições e a sociedade. O Brasil não tem mais de 2,2% da população que se declaram espíritas. Como isso pode ser responsável pelas causas sociais do país? O Espiritismo não é um partido político.

É um erro daquele que desiste de perseverar e de começar a mudar por si mesmo, para depois modificar sua família, seu núcleo social, sua cidade e país.

Sair atirando contra todos e contra tudo é muito fácil. A meta seria vivermos a solução, e não exigi-la dos outros.

O Espiritismo tem dois princípios básicos, que dizem: “Espíritas, amai-vos, esse é primeiro ensinamento; o segundo, instruí-vos”. Aliados a esses princípios, as bases do Espiritismo são: a reencarnação (você vai retornar; portanto, faça o bem e não o mal, não atire pedras, porque você terá que recolhê-las em sua consciência futura), quer dizer, a lógica da pluralidade de existências e da imortalidade da alma; a pluralidade de mundos habitados (a Terra não é o centro do Universo); a lei de causa e efeito (orientando o destino dos espíritos de acordo com suas ações passadas e presentes); a comunicação com os espíritos; tudo englobado pela existência de Deus.

Muitos frequentadores das casas espíritas que desertam querem modelar a doutrina pelos seus dirigentes, o que é um grande erro, e acabam se afastando por não conhecerem os princípios da doutrina e não estudarem para vivê-la, o que não contribui com sua melhoria.

NÃO DESISTAS

Escolheste a senda do bem?

Não te detenhas.

Não contes as pedras da estrada.

Soma as bênçãos que já recebeste.

Nunca desistas.

(Poema de Emmanuel/Chico Xavier, do livro Recados do Além, editora Ideal.)