Curso de palestrantes espíritas do DF inova com lives em sintonia com atividades presenciais

A edição de 2023 do Curso de Formação de Palestrantes Espíritas do Distrito Federal inovou com o emprego de ferramentas on-line, como lives, sem prejuízo das atividades presenciais, que ocorreram aos domingos pela manhã. Portanto, a coordenação geral apostou numa metodologia híbrida neste ano. 

A valorização do on-line foi um efeito da pandemia da Covid-19, período que, em razão do isolamento, acabou por popularizar as reuniões remotas internacionalmente. A Federação Espírita do Distrito Federal (FEDF) também absorveu essa influência. 

A opção remota permitiu, por exemplo, aos cursistas assistirem em tempo real a uma exposição de Adeilson Salles, em 8 de agosto, feita por meio de uma live. No encontro, ele compartilhou a experiência da autoria de mais de 40 obras. Também falou sobre a dedicação à literatura voltada para o público infantojuvenil.

André Ribeiro Ferreira, membro da coordenação geral do curso, explica que foi elaborado um cronograma para cada um dos onze encontros do curso respeitando essa metodologia híbrida. Portanto, além das demandas nas áreas pedagógicas e logísticas, o cronograma incluiu uma pauta com experiências on-line. 

Além de empregar reuniões virtuais nas agendas, a federação decidiu ofertar aos cursistas oficinas para gestão de lives. Os participantes tiveram, assim, conteúdos sobre tecnologia, enquadramento de imagens e cuidados gerais.

Valorização dos jovens

Outra diretriz deste ano foi reservar vagas específicas para formar jovens palestrantes. A decisão resultou no percentual de 13% dos confirmados terem menos de 29 anos, estatística que é pioneira em comparação com as quatro edições anteriores do curso.  

O participante mais jovem foi o estudante Tiago Xáxa, de 16 anos. Apesar da pouca idade, ele é espírita desde o berço. O pai e os avós paternos são seguidores da doutrina. 

Tiago Xáxa quis fazer o curso para contribuir mais na casa que frequenta, o Grupo fraternidade espírita irmão Estevão (Gfeie), que fica na Asa Norte, em Brasília. “Quero ajudar no preparatório das aulas”, explica Tiago. Ele relatou que anualmente participa do Comemofra – Confraternização das Mocidades Espíritas do Movimento da Fraternidade. 

Apesar da atenção dada aos jovens, a faixa entre 51 e 60 anos é a que teve mais alunos, com 31% do total. Entre 41 e 50 anos, foram 21%. O segmento de 30 a 40 anos contou com 16%. Também representaram 16% os alunos com idade entre 61 e 70 anos. Os com mais de 70 anos foram apenas 3%. No total foram feitas 121 inscrições nesta edição do curso.

Quanto à equipe que promoveu o curso, tivemos tutores, voluntários de atendimento fraterno, setor pedagógico, comunicação, fonoaudiologia, tecnologia, secretaria, redação de artigos, entre outros conteúdos. Foram 40 trabalhadores espíritas no total. 

Ao todo, 45 casas espíritas do DF fizeram inscrições de participantes. A oferta de vagas seguiu a lógica de contemplar voluntários de diferentes regiões do Distrito Federal. Todas as regionais tiveram representantes confirmados. 

Além do Distrito Federal, participaram do curso voluntários oriundos de casas espíritas da região do Entorno de Brasília. Uma pessoa veio de Cabeceiras (GO), uma de Formosa (GO) e uma de Santo Antônio do Descoberto. Com 62% das vagas, as mulheres formaram a maioria do ponto de vista de gênero. Os homens, apenas 38%.

Um dado relevante diz respeito a se ter ou não experiência em proferir palestras. Dos inscritos, 61% responderam que já fizeram pelo menos uma palestra pública anteriormente. Os demais disseram que ingressaram no curso como estreantes nessa atividade.


Revisão: Cláudia Corrêa Andrade 
 

Nota da Redação:

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