Amar a si

Diz o apóstolo João que aquele que diz que ama a Deus, mas não ama a seu irmão, mente, pois como pode amar a Deus, a quem não vê e não amar a seu próximo, a quem vê?

Essa questão nos faz lembrar das guerras que ainda existem no mundo. Essa atual, Rússia x Ucrânia, em pleno século XXI, faz a humanidade ficar muito triste, principalmente os desejosos da paz e avessos à injustiça. Como podemos amar verdadeiramente a Deus se não amamos o nosso irmão?

A questão nos remete não a uma guerra à distância, que é consequência de animosidades profundas, mas a nós mesmos. Olhemos ao nosso redor. Não é necessário ir muito longe. Olhemos nossa família. Como está o nosso comportamento na família que nos foi dada por Deus? Estamos amando?

Nesse ponto, deveríamos relembrar Jó, que no auge de seus sofrimentos dizia que “nessa guerra em que me encontro todos os dias de minha vida, espero que minha transformação chegue”.

A guerra externa choca, mas devemos lembrar que estamos numa intensa guerra interna, a de vencermos nossas próprias imperfeições e avançarmos no caminho da luz.

Comum é ouvirmos que para amarmos ao próximo devemos em primeiro lugar amarmos a nós mesmos. Nesse intuito, temos do livro psicografado por Chico Xavier intitulado Paz e Renovação uma mensagem do espírito de André Luiz: Dez maneiras de amar a nós mesmos:

1-Disciplinar os próprios impulsos.

2-Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

3-Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.

4-Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

5-Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

6-Evitar as conversações inúteis.

7-Receber no sofrimento o processo de nossa educação.

8-Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

9-Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10-Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.

Vale atentarmos para esses itens, no processo de aprimoramento que devemos fazer em nós mesmos.

Jesus, o mestre dos mestres, claramente pediu-nos que nos amássemos. No capítulo XIII do evangelho de João, versículos 34 a 35, diz Jesus: “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros.”

Estamos em momentos dolorosos para muitos. Sofrimentos intensos, nem sempre materiais, mas morais, dores acerbas na alma, procura intensa por tantos de medicamentos controlados para se libertarem de profundas ansiedades e até da desesperação.

Perguntamo-nos onde está nossa fé quando nos deixamos avassalar pelas aflições. Há que buscar a fé, a oração, a religiosidade. Religar-se com Deus. Fazer a mudança interior tão propalada. Enfrentar-se. Coragem para analisar a si mesmo. Aproveitar o tempo na Terra, que é tão breve, para buscar em si os melhores sentimentos. Amar-se. Nesse sentido, o programa oferecido por André Luiz é excelente.

Oremos pela paz na Terra. Oremos para a paz interna. Amemo-nos. Tenhamos paz.



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