A nova e a velha Bíblia - Arnaldo D. R. de Camargo

Esse livro sagrado para muitos, mas não para a maioria no mundo, é dividido em duas grandes partes: O Velho Testamento e o Novo Testamento.

Qual deles é mais importante?

Sabemos que as duas partes têm conteúdo e mensagens muito esclarecedoras sobre a humanidade e sua espiritualidade, e também muitos costumes e tradições, preconceitos e orientações particulares e locais que não se aplicam a todos.

Muitas religiões e religiosos que ficam presos ao passado e não conseguem se desprender para compreender o novo e, o mais importante, a mensagem renovadora do Cristo. Jesus não veio derrogar a Lei Divina, que é eterna e imutável, tanto é que para Deus tudo é possível, menos uma coisa: alterar suas leis, que são sábias, perfeitas e eternas como Ele as criou.

Alguns insistem, que morto o corpo, o homem também está morto, mergulhado num sono profundo, aguardando o seu ressurgimento neste mesmo corpo, coisa impossível perante nossa ciência, e que derrogaria a Lei do próprio Criador.

A afirmação do discípulo é de vida permanente: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” (1 João 2:25). Como Jesus demonstrou, ressurgindo em corpo espiritual para Maria Madalena, para seus apóstolos e muitos outros.

Quando indagado: “Mestre, qual é o grande mandamento na lei?”. Jesus disse: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mateus 22:36-40).

No Novo Testamento, Jesus simplifica a vida e estabelece um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós; que também vós uns aos outros vos ameis” (João 13:34).

E, trazendo um novo código de amor e fraternidade, abolindo velhas tradições e costumes, sentenciou Jesus: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”.

E faz uma exigência para que revelemos o nosso desligamento emocional e material: “E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas... Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes. Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”.

Tudo isto para que, reforça o Mestre: “para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. (...) Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:38-45).

Percebemos que a referência ao Pai eterno, feita pelo Cristo, é de que Ele é um Poder Superior, Inteligência Suprema, causa primária de tudo que existe, em sabedoria, em acolhimento, em amorosidade, em gentileza, e que nos dá a oportunidade de alcançarmos a perfeição e conquistarmos a felicidade plena, se desenvolvermos a prática do amor e da sabedoria.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da Editora EME.



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