Pensar esperança

Está sendo divulgado através do WhatsApp, pela Web Rádio Fraternidade de Uberlândia, um Programa Semanal intitulado “Grandes Vultos do Espiritismo”. Esse programa semanal iniciou-se com a biografia de Jerônimo Mendonça Ribeiro, de Ituiutaba, Minas Gerais. O Gigante Deitado, como se tornou conhecido, com livro com esse nome, nunca parou de ser mencionado, desde sua desencarnação, em 26 de novembro de 1989.

O programa consta de 10 capítulos com entrevistas com aqueles que conheceram Jerônimo pessoalmente, ali na região do Triângulo Mineiro, mais particularmente Ituiutaba.

Temos que parabenizar a Web Rádio Fraternidade por tal iniciativa. Pudemos ouvir ainda sobre Antuza Martins Ferreira, a grande médium de Uberaba, que também tem uma história citada no livro “O Gigante Deitado”. Sobre a vida de Antuza, a EVOC – Editora Virtual O Consolador publicou o e-book “Antuza - A Surda-Muda que Escutava e Falava”, de Alex Guimarães, que pode ser baixado gratuitamente clicando-se neste link: http://www.oconsolador.com.br/editora/1a50/Antuza.htm

O programa continuará revelando grandes vultos do Espiritismo no Brasil. É muito bom podermos acessar os grandes exemplos do bem no Espiritismo, para reforçar os ânimos na coragem e na esperança, em momentos difíceis de testemunho de tantos.

Podemos observar que nenhum espírito valoroso, trabalhador do bem, com Jesus, pediu vida fácil. A vida de todos eles foi testemunho de amor, trabalho, caridade, fé e esperança.

As facilidades do mundo contemporâneo são tantas, que estão amolentando os indivíduos, que se sentem desabando quando enfrentam muitas dores. E as dores presentes estão muito amargas. Desde que a Covid-19 assolou a Terra, milhares se despediram do mundo, deixando saudade e amargura em diversas pessoas. Em conversas, observa-se que quase todos conhecem ou um vizinho, ou um amigo, ou um parente que desencarnou com a doença, e, nos últimos dias, isso se intensificou.

Não é pequeno o número de pessoas que dizem não estarem mais vendo programas televisivos jornalísticos. Estão cansadas da divulgação de mortes e crimes; estão buscando um pouco de paz e tentando não se contaminarem com o vírus do desânimo e do pessimismo.

Há que ter esperança, otimismo. Nesse sentido, O Gigante Deitado, Jerônimo Mendonça, continua sendo um exemplo extraordinário. Sua figura cresceu nestes tempos de dor causada pela Covid. Sua vida está sendo falada e o livro sobre ele, da editora “O Clarim” de Matão, sendo muito divulgado. Alguns anos atrás, conversando com um psicólogo de Tupã, São Paulo, esse referiu-me que quando tinha um paciente com depressão indicava-lhe a leitura desse livro.

Para quem não sabe de quem se trata, um homem com H, como disse sobre ele, certa feita, o jornalista Gil Restani, de Belo Horizonte, num artigo intitulado o Missionário de Ituiutaba. Cego, tetraplégico, deitado em seu leito, com dores inenarráveis pelo corpo, cardiopatia, tudo isso provocado por uma Artrite Reumatoide Juvenil, era Jerônimo o retrato da alegria, da consolação, da palavra brilhante e bela.

Sua casa era aberta para aqueles que de todo o Brasil, iam conversar com ele, nas horas mais difíceis de sua vida e dali saíam consolados.

A Covid e as dores que tem provocado fizeram crescer a memória do Jerônimo.

Milhares necessitando de consolação e de esperança.

Ele era exímio em trovinhas, que fazia como um repentista e em poesias.

Aqui transcrevemos, do livro “O Gigante Deitado”, da editora O Clarim, de Matão, algumas de suas trovinhas, que vêm bem a calhar nessa hora que vivemos:

Aonde a bondade medra,
No coração do cristão,
Não existe a primeira pedra
Atirada contra o irmão.

Entre a lágrima e o sorriso,
Há um poema de dor
Inferno é paraíso
Se nele existe amor!

Não duvides do futuro,
Alma triste e fatigada,
Todo o dia o sol espanta
As trevas da madrugada.

São inúmeras as trovinhas e poesias. O Jerônimo não deixava ninguém triste. Sua vida é lembrada como exemplo de coragem. Carregado em seu leito, passou pelo Brasil, levando a palavra de esperança e de coragem.

Ele costumava propor aos seus amigos que fizessem como ele, seguissem Jesus e Kardec. Os espíritas precisam lembrar-se disso, seguir Jesus e Kardec e serem arautos da paz e da esperança.

Os dias estão difíceis, mas hão de passar. Um aprendizado de amor ficará. E a solidariedade entre os povos se tornará maior, pois, afinal de contas, a humanidade é a raça humana, não importando a diversidade de países, etnias ou credos. O mundo irá aprender o amor e a paz.

Estamos caminhando a passos lentos para a regeneração de nós mesmos. A dor é a grande mestra e a finalidade é de educação e aprimoramento, como diz Léon Denis. E, acima de tudo, Deus é amor e foi por amor que Ele criou os seres.

O programa “Os Grandes Vultos do Espiritismo” veio em boa hora. Que aprendamos com os mestres do passado, tão atuais, como sempre atuais são o amor e o bem e o exemplo de Jesus, nosso modelo e guia.

Sejamos mais amorosos e bondosos uns com os outros. Sejamos pacificadores. Melhoremos o máximo, enquanto podemos, pois só Deus sabe o dia e a hora em que seremos chamados de volta para a espiritualidade, a casa do Pai.

Um dia seremos amor. Um dia seremos paz. Mantenhamos aceso o archote da esperança. Tudo vai melhorar.



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