O que vale é a intenção!

Olá, galerinha amiga, eu sou Turco.
Essa é minha irmãzinha Lilica.
Essa é minha prima Teca e
Esse, meu primo Telo.

SOMOS O QUARTETO DO BEM!!!!

Eu, Turco, irei contar para vocês algumas de nossas aventuras. Vamos lá.

Dia de Gramadão!!!! Delícia, adoramos ir brincar no Gramadão.

É um campo cheio de grama verdinha e algumas árvores, perto de nossa casa, onde tem bastante espaço para correr à vontade.

Jogávamos futebol, eu, Telo e nossos amigos Teteus e Dani. Eles são gêmeos. Gostamos muito deles, são espertos e alegres.

Lilica e Teca brincavam com suas bonecas, um pouco distantes. Elas têm medo da bola bater nas “filhinhas” delas. Cuidam das bonecas como se fossem gente.

Mamãe Gina, tia Carol e tia Ana conversavam enquanto brincávamos. Não sei de onde sai tanto assunto. “Mulheressss”!!!! como diz papai.

Tia Carol é tia somente dos gêmeos, mas a chamamos também de tia. Gostamos muito dela.

A bola rolava, o jogo estava quente, muita tensão. Eu era o goleiro. Estava atento ao movimento da bola.

A bola vai para Telo, Telo joga para Dani, Teteus pega a bola, vira, chuta e… gollllllllll. Uma distração minha e a bola entrou na nossa trave improvisada.

Pausa para a água.

Cinco meninos chegaram e pediram para jogar com a gente.

Achamos ótimo, afinal o time iria crescer.

Não quiseram se misturar, seriam os quatro deles, sendo um goleiro, contra o nosso time.

Tudo bem, o que vale é a brincadeira.

O jogo começou. Bola para cá, bola para lá. Estava animado. Dani é muito bom de bola, estava seguindo para o gol do adversário para fazer um chute daqueles, quando foi barrado por um golpe na canela. Tombo feio. O adversário veio com tudo e chutou a canela do Dani. Ele caiu ao chão e começou a chorar.

Mamãe, Tia Carol e Tia Ana vieram correndo.

- O que houve? - perguntou mamãe, com ar de preocupada.

Foi uma falação só. Todas as crianças queriam falar ao mesmo tempo.

Eu, Telo e Teteus estávamos bravos com a atitude do colega que chutou a canela de Dani.

Tia Carol pediu que nos acalmássemos. Jogou água fria na canela de Dani. Ele ainda chorava.

Tia Carol falou:

- Calma, crianças. Futebol é assim, vez ou outra um bate no outro e alguém se machuca. O que precisam levar em conta é a intenção.

Paramos para pensar.

O colega que chutou Dani também chorava e pedia desculpas.

Mamãe foi até ele e o acalmou.

- Calma, querido. Como tia Carol disse, isso acontece em jogo de futebol. Pela forma como você está chateado com o acontecido, percebe-se que você não tinha a intenção de machucar o Dani, queria mesmo é fazer uma boa defesa e impedir o gol.

Tia Ana, aproveitando o momento, disse.

- Crianças, lembram-se quando voltávamos da casa de Lolita e, durante a nossa conversa, surgiu a dúvida sobre o que é bem e o que é mal?

Eu, Lilica, Teca e Telo dissemos: - Sim, lembramos.

- Pois é, fiquei devendo uma explicação para vocês e acho que é o momento. Conto com a sua ajuda, tia Gina.

- Claro, tia Ana - falou mamãe, sempre disposta.

- Somos filhos de Deus. Como Deus é Pai bom, não criou nenhum de seus filhos maus, certo?

- Isso mesmo, tia Ana, Deus criou seus filhos de forma igual, sem conhecimento de algumas coisas, mas com toda a capacidade de aprender tudo o que precisam para serem felizes. Um exemplo, vocês vão para a escola porque precisam aprender um monte de coisas que não sabem e que serão importantes para a vida de vocês, não é mesmo? - falou mamãe.

- Verdade, tia Gina. A Terra é escola e Deus nos criou sem alguns conhecimentos para que aqui, na escola Terra, nós viéssemos a aprender um monte de coisas - completou tia Ana.

- Tia Ana, mas se Deus nos criou iguais e sem saber algumas coisas, por que uns são bons e outros são maus? Por que não são todos iguais? - perguntou Telo.

Os amigos novos, Teteus e Dani ouviam, atentos, o bate-papo.

- Excelente pergunta, filho - falou tia Ana. - Lembram o que aprenderam na Evangelização Espírita sobre a liberdade de escolha?

- Sim. Que temos, como que se chama mesmo…. - falou Teca, tentando lembrar.

- Livre-arbítrio - respondeu Lilica, sorridente.

- Muito bem, crianças. Pela nossa liberdade, podemos escolher entre fazer coisas boas, como abraçar, respeitar o próximo, pensar coisas felizes, dar o que comer a quem tem fome, não chutar por querer a canela do coleguinha no futebol...e várias outras coisas legais ou fazer o contrário de tudo isso - explicou mamãe, olhando alegremente para tia Ana e tia Carol.

- Ah, então nós que decidimos se queremos ser bons ou maus - falei animado.

- Isso, filho. E, como vimos no que acabou de acontecer, o coleguinha não agiu por mal. Ele não queria machucar o Dani, apenas foi evitar um gol e, nisto, acabou atingindo o colega. Entenderam?

- Simmmmmm - todos respondemos.

O colega pediu desculpas direto para Dani, eles se abraçaram e nós ficamos calmos, deixando a revolta pra lá.

Depois da explicação de Tia Ana e Mamãe, Tia Carol deu uns beijinhos em todos, ajeitou Dani debaixo de uma árvore para repousar um pouco até a canela parar de doer. Voltamos a brincar. Os meninos jogando futebol e Lilica e Teca cuidando de suas “filhinhas”.

Mamãe, Tia Ana e Tia Carol, já sabem, conversa que não acaba.

Essa foi mais uma de nossas aventuras e a lição de hoje é que, pela liberdade que temos em escolher, podemos agir fazendo o bem ou o mal.

Escolhemos o bem quando nossas atitudes são amorosas e amigas.

Valeu, amiguinhos, até a próxima!

 

Ilustração: Fendy Silva



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