Gandhi e a BUSS

Hoje a boa novidade que trago aos amados leitores e leitoras deste tão importante jornal, que prima pela boa notícia, boa informação, e é muito lido por toda a família, pelo conteúdo que atende a infância, a criança e o jovem, ao entusiastas e ao principiante. Como eu, uma leitora desde os idos de 1975, quando meu esposo, eu e dois filhinhos, nos transferimos para Londrina. Em poucos meses, descobrimos o Centro Espírita Allan Kardec, de Cambé, onde nos recebeu na porta do Centro um senhor que trazia a simpatia no olhar, na primeira sala, onde ficava a livraria. E nos deu de presente um exemplar de O Imortal. Aproveitamos e fizemos a assinatura. Anos depois deixamos Londrina, mudamos a assinatura, para onde nos transferimos por conta da empresa de meu esposo. 

Assim, anos passaram-se, e de leitora, passei a ser a divulgadora, e agora a alegria imensa de poder colocar minha voz em letrinhas formando palavras, frases, que chegam até os seus olhos. Minha voz, chega suave, contando as histórias do coração. A de hoje, um assunto bem legal, envolvendo nosso querido exemplo da Paz, nosso Mahatma Gandhi.

Para quem já me conhece, sabe que eu sou voluntária do movimento espírita do Reino Unido, ou Grã-Bretanha, como também é conhecida. Estou como coordenadora da nossa federativa britânica, que se chama BUSS (pronuncia-se bas).

Em 18 de abril de 2008 passamos a estar instalados num predinho vitoriano, de tijolinho à vista, de 6 andares, que por si só já tem uma linda história – a Oxford House. Todos os escritórios neste predinho são “charities”, isto é, são ONG representadas, com seus quartel general neste predinho, nas diversas salas dos andares.  Por conta de diminuir o custo, estivemos usando salas em todos os andares, e agora, a menor de todas, por conta do valor do aluguel. Sala pequenina, mas que nos atende muito bem. Neste predinho, por serem todos os escritórios envolvidos com algo de bom para ajudar a comunidade, pessoas, instituições, existe uma energia diferente, de paz, de alegria, de solidariedade.

A Oxford House foi criada em 1884 como a primeira casa de assentamento de ajuda à comunidade carente nesta parte do leste de Londres. Foi inaugurada por estudantes e graduados do Keble College de Oxford, que empreendeu um período de voluntariado residencial para aprenderem com a comunidade, em primeira mão sobre as realidades da pobreza urbana, uma ajuda social. Então, essa nossa região foi muito pobre na época da ?rainha Vitória. Esta fundação do College é a primeira instituição de ajuda à comunidade pobre promovida por uma Universidade, de que se tem notícia no mundo. Quem tiver algo a respeito, me diz. E continua sendo uma região simples, de trabalhadores, sem ostentação. Por isso estamos bem, e agradecidos a Deus pela oportunidade.

A segunda curiosidade que nos alegra, e que divido com vocês, é a visita do nosso Gandhi.

Em 1931, em sua visita à Grã-Bretanha, Mahatma Gandhi fez um discurso improvisado no nosso predinho, a Oxford House, atraindo uma multidão de 3.000 pessoas que ficaram do lado de fora.  Ao derredor do campo, pouquíssimas casinhas, com espaço da natureza servindo de assentamento para todos poderem ouvir nosso Gandhi, 89 anos atrás.

Gandhi morreu em 1948, deixando o legado da NÃO VIOLÊNCIA para a humanidade toda. Todos têm reverência e respeito pelo fundador do movimento da Não Violência.

A terceira curiosidade, e também um convite a todos, é que tivemos contacto com o neto de nosso querido Mahatma Gandhi, e o convidamos a fazer para os dirigentes e trabalhadores de todos os grupos de UK um encontro de final de ano, para falar sobre o tema “As lições de Mahatma Gandhi em nossas vidas diárias”.

O neto de Gandhi, o sr. Arun Gandhi, que já tive a alegria de ouvir, muito me encantou, e mais ainda quando ele aceitou o convite para nos falar.

Todos os leitores de nosso jornal estão convidados, a estarem conosco no dia 28 de novembro, às 17 horas (horário de Londres), que deve corresponder às 14 horas em Brasília, se o horário não for mudado.

Ciente de nossas obrigações de que estamos sempre emanando energia, vamos então, mentalizar a PAZ, a NÃO VIOLÊNCIA, para que todos os corações que sofrem por conta da pandemia fiquem cheios de paz, ajudando assim a espalhar a não violência em todas as terras de além-mar.

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Elsa Rossi, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é presidente da BUSS - British Union of Spiritist Societies.



Comentário

1 Comentários

  1. Elsa, quanta emoção. Imagino o quanto de amor está impregnado nas paredes desse prédio.