Enorrrrrrrrrme buraco

Olá, galerinha amiga, eu sou Turco.
Essa é minha irmãzinha Lilica.
Essa é minha prima Teca e
Esse, meu primo Telo.

SOMOS O QUARTETO DO BEM!!!!

Eu, Turco, irei contar para vocês algumas de nossas aventuras. Vamos lá.

Estávamos na “casinha da roça”.

Era aniversário do Telo e ele queria muito viajar. Tia Ana, Tio Jonas, mamãe Gina e papai Guto disseram que, por conta da pandemia, não era um período muito legal para se fazerem viagens. Telo ficou triste. Ficamos, então, pensando em uma forma de alegrá-lo.

Tio Jonas disse:

- Tenho uma surpresa para vocês, venham até aqui.

Quando chegamos ao quintal da casinha da roça, havia um enorrrrrrrme buraco! Era mesmo bem grande!

O que era, segundo o papai Guto, para ser um lago pequenino, acabou se transformando em um enorrrrrrrrrme buraco, que acabaria por se transformar num açude onde colocariam muitos peixinhos. Telo adora pescar e isso traria a ele muita alegria.

Todos que chegavam até o enorrrrrrrrrrme buraco, ficavam calculando quantos dias levariam para se encher aquele enorrrrrrrrrrme buraco.

- Hummmmmm, 15 dias!

- Haaaaaa, um mês...dois…três...

- Eu acredito que, até o Natal, este açude esteja cheio!!!

- Misericórdia! Até o Natal? Como assim, estamos em maio!!!!  - Esta foi a frase mais desanimadora que nós ouvimos!

Ficamos pensando… o que poderíamos fazer para ajudar Tio Jonas e papai Guto a encherem esse enorrrrrrrrrme buraco?

Tio Jonas arrumou uma bomba elétrica para auxiliar no enchimento do enorrrrrrrrrme buraco! Mas eu também queria ajudar.

Foi então que peguei o copo do liquidificador da mamãe, enchia de água na torneira da pia da cozinha e jogava no enorrrrrrrrrrme buraco. 

E assim foi. Chiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaa…. chiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaa, chiiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaaaaaa… Devo ter feito, mais ou menos, umas 20 idas e vindas da pia da cozinha até o enorrrrrrrrrrrme buraco.

Parecia que a água do enorrrrrrrrrrrrrme buraco não saía do lugar. Até que olhei e vi uns baldes da mamãe.

- “Ahhhhh”, pensei: “É com esses baldes que iremos encher esse enorrrrrrrrrrrrme buraco!”

Telo irá ficar muito feliz quando vir o açude cheio de água!

Chamei Lilica e Teca e começamos um grande trabalho. Pegamos os baldes, fomos até o tanque de lavar roupas e iniciamos nossa trajetória. Enchíamos os baldes e jogávamos no enorrrrrrrrrrrme buraco!!!

Chiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaa…. chiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaa, chiiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaaaaaa, chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, chuáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa…

Mamãe Gina e Tia Ana, vendo nosso vai e vem, com água pra cá e pra lá, perguntaram:

- Crianças, o que estão fazendo?

- Estamos ajudando a encher o enorrrrrrrrrrme buraco, para alegrar o Telo, mamãe! - respondeu Teca, empenhada.

- Crianças, não acham que este buraco é muito grande para se encher com baldes? Irão levar horas, talvez dias e...?  - disse tia Ana, com pena de nós.

- Tia Ana, não importa quanto tempo iremos levar para encher esse enorrrrrrrrrme buraco. O importante é como você sempre diz: “É fazer a nossa parte” - falei entusiasmado.

Vi a satisfação no olhar de mamãe Gina. O quanto ela ficou feliz de perceber que, apesar daquele buraco ser enorrrrrrrrrme, ele não era maior que a nossa vontade em enchê-lo.

Eu, Lilica e Teca fizemos isso o dia todo. Telo estava tão distraído com dois amiguinhos que haviam ido visitá-lo, que nem percebeu nossa movimentação.

Ficamos o dia todo, num trabalho árduo e duro.

Final do dia. O resultado?

É, não enchemos o enorrrrrrrrrme buraco, como gostaríamos, mas conseguimos torná-lo uma deliciosa piscininha em que todos nós, incluindo Telo e os dois amiguinhos, brincamos muito. Nadamos até tarde da noite.

Telo e os dois amiguinhos encantaram-se, porque o que era antes apenas um enorrrrrrrrme buraco, agora, havia se transformado numa deliciosa piscininha.

Era barro para todo lado.

As roupas ficaram pretas de sujeira, mas a alegria foi muito grande.

A lição do dia é que, apesar dos desafios, muitas vezes grandes e enorrrrrrrrmes como aquele enorrrrrrrrrrme buraco, nós não podemos nos dar por vencidos.

Somos todos, como diz mamãe, muito capazes de vencermos a todas as dificuldades do caminho, pois somos Filhos de Deus e, lembrando o que Jesus, nosso Irmão Amigo, nos ensinou, somos deuses.

Temos muita força e energia dentro de nós, precisamos sempre usá-las a nosso favor.

Precisamos sempre fazer a nossa parte naquilo que nos cabe, mesmo que, aparentemente, nossa contribuição seja bem pequenininha.

Mamãe sempre diz: “Aqui em casa a esperança não deve ser a última a morrer, porque, aqui em casa, a esperança nunca morre!”

Que a esperança nunca morra também aí, na sua casa!

Valeu, amiguinhos, até a próxima!



Comentário

0 Comentários